

Era um vilarejo na Lombardia e levei umas 2h ao final da tarde até o local da reunião pelo meio de uns vinhedos. Era como o cenário do meu filme favorito, O Poderoso Chefão I (1972), de Copolla, mas algo foi inédito na minha trajetória profissional: acompanhar uma negociação ao lado de uma construção datada de 1350 (Torre Scaligera). E com elas eu obtive alguns ensinamentos.
Afinal, que ensinamentos são esses?
- Um aperto de mão vale mais que um contrato assinado para o Europeu (como é difícil fornecedores no Brasil cumprirem com a palavra após o fechamento de um negócio, concorda?);
- Se a sua intenção for justa, vamos juntos abraçados e fortalecidos ao mercado;
- Não fechar uma venda não é uma tragédia. Tragédia é desperdiçar tempo com pessoas que fingem estar ao nosso lado. Portanto, escolha bem a parceria;
- Uma palavra dita é como uma flecha lançada. Os negociantes ou estão juntos atirando ou um contra o outro. Procure a primeira opção;
- Não somos nada perante a dimensão do universo. Arrogância e puxões de tapete ficam minúsculos quando fazemos um resgate histórico. Da mesma forma que eu estive lá, há séculos pessoas já negociavam ali. Somos mais um…mas então que façamos valer a pena.
E você, concorda com esses ensinamentos?