

Você também viu os novos vídeos bem humorados da campanha da Audi nos quais o bicampeão mundial de surfe Gabriel Medina tenta falar uma palavra em alemão? Muitas pessoas ficaram surpresas ao ver o atleta na campanha, pois não sabiam que ele era um embaixador de marca Audi do Brasil.
Outro fator que influenciou esta reação foi o fato delas atrelarem a imagem dos profissionais do esporte a off roads e similares. E isso fez com que elas questionassem sobre o porquê a marca escolheu Medina como representante em 2017. Uma razão dessa escolha é clara, a autenticidade que a Audi e o atleta possuem. Mas existem outras, falaremos sobre elas neste artigo.
Para entender melhor essa relação entre Gabriel Medina e a Audi, nada melhor do que ter a ajuda direto da fonte de informação, concorda? E quem melhor do que o Cláudio Rawicz, Diretor de Marketing e Comunicação da Audi do Brasil?
Cláudio Rawicz (à direita), Gabriel Medina e Johannes Roscheck (à esquerda), CEO da Audi do Brasil na sede da empresa em São Paulo (SP) – Fonte: Cláudio Rawicz
Cláudio tem uma longa trajetória no setor automobilístico e na área de comunicação, e desde 2018 tem feito parte da equipe Audi do Brasil.
Antes de revelarmos sobre o porquê da escolha do Gabriel Medina como um embaixador da marca, queria compartilhar um pouco com você sobre a minha relação com o surfe.
O sonho de Medina também era o meu
Um ano após o primeiro título nacional de Gabriel Medina, conquistado com apenas 9 anos de idade, eu estava embarcando em um avião com destino ao Havaí (Estados Unidos). Esse era um sonho que eu tinha desde os meus 14 anos. Vivia cantando a música da banda Akundum que dizia:
“Mãe, eu decidi, eu vou morar no Havaí.”
Minha mãe escutava e falava “Aaah vai” com uma vassoura na mão. Ela só soube realmente onde localizava-se o Havaí um dia antes do meu embarque. Quando descobriu que eu ia para uma ilha no meio do oceano pacífico, aí sim que ela não queria que eu fosse. Chegou a pedir para o meu pai me convencer a não ir.
Localização do Havaí no globo terrestre
Quando eu era adolescente, conheci o paraíso chamado Havaí por meio do Almanaque Abril (se você sabe do que eu estou falando é porque já não é tão novo assim rsrs). Coloquei na cabeça que iria para lá um dia. Mas eu não nasci em berço de ouro, então tive que batalhar pelo meu sonho. Eu já contei em um outro artigo e em um outro post (o qual viralizou inclusive no LinkedIn) sobre a época que passei na cidade de Montana nos Estados Unidos trabalhando no McDonald’s e em outros empregos ao mesmo tempo para juntar dinheiro. E foi graças a esse período que consegui realizar meu sonho.
Costumo dizer que a experiência em Montana foi uma necessidade para eu poder ir para o Havaí. Tive a oportunidade porque eu havia conseguido um intercâmbio de trabalho com visto J-1. Ou seja, eu tive que ralar bastante ao mesmo tempo que conhecia o país. Aprendi muito lá, tive momentos incríveis e impossíveis de esquecer. Mas eu me desgastei bastante também. E sabia que por mais que eu quisesse, meu corpo não aguentaria mais uma temporada de duplas e triplas jornadas.
Acabei indo do -30 graus para +30 graus em um curto período. Claro que eu ia ter que trabalhar por lá, mas dessa vez teria a oportunidade de fazer isso e aproveitar o meu momento no lugar que eu sempre sonhei em ir.
Poucos sabem, mas sou oceanógrafo de formação. E eu havia sido chamado para estagiar no NOAA (The National Oceanic and Atmospheric Administration), o qual faz parte do Departamento de Comércio dos Estados Unidos e que por meio da ciência e da tecnologia trabalha para manter as pessoas informadas sobre as mudanças no meio ambiente.
Durante o período em que permaneci por lá, eu pude realizar outro sonho: participar de um campeonato de bodyboarding. E o escolhido foi o campeonato da Town & Country. Tenho até hoje a foto que tirei da tabela dos classificados para as semifinais.
Tabela das semifinais do campeonato de bodyboarding no Havaí
Minha experiência no Havaí foi extremamente gratificante. Mas não digo isso porque estava em um dos lugares mais bonitos do mundo e que tem um estilo de vida que muitos gostariam de ter. Digo porque eu estava naquele paraíso em razão do meu esforço, das minhas economias, as quais continuava a fazer por lá. Tinha uma época que cheguei a dividir o mesmo apartamento com mais 14 pessoas para economizar.
Inclusive, em um dos locais que morei, dividi o espaço com o Ricardo Azevedo, que foi atleta da segunda divisão do mundial de surfe. Apesar dos perigos que nós poderíamos encontrar no mar de lá e das privações que precisei fazer, considero minha ida ao Havaí um batismo da minha vida pessoal no mundo do surfe.
O início do surfe ocorreu nas piscinas
A história do surfe no mundo é mais antiga do que imaginava e do que talvez você conheça. O primeiro registro do esporte aconteceu em 1778, justamente no Havaí quando o navegador James Cook presenciou locais em cima de pranchas.
A popularização ocorreu por meio do atleta havaiano Duke Paoa Kahanamoku nos Jogos Olímpicos de 1912 na Suécia. “Dalbosco, mas havia competição de surfe em Jogos Olímpicos naquela época?”
Não. Não havia. Duke Paoa era nadador e bateu o recorde dos 100 metros no nado livre naquele ano.
Duke Paoa Kahanamoku, atleta de natação havaiano – Fonte: surfertoday
Com a oportunidade que teve nos meios de comunicação, começou a falar sobre o surfe e a divulgar o esporte.
Os primeiros campeonatos
Por mais que Duke Paoa tenha dado início a divulgação do esporte, os primeiros campeonatos só foram ocorrer em 1974. A partir daí, foram surgindo grandes talentos do surfe, inclusive no Brasil. Veja abaixo os maiores campeões mundiais do esporte:
Classificação dos maiores surfistas campeões mundiais – Fonte: O Globo
Você percebeu quem está nesta lista? Sim, ele mesmo, o embaixador da marca Audi.
Gabriel Medina entrou para história do surfe mundial em 2014, quando tornou-se o primeiro brasileiro campeão mundial e com apenas 20 anos de idade.
Momento após a vitória no mundial de surfe em 2017 – Fonte: nasondascombanana
Quatro anos após a conquista do primeiro lugar no pódio do World Surf League (WSL) ou Circuito Mundial de Surfe, ele voltou a conquistar a taça no Havaí, enfrentando novamente a onda mais perigosa e hipnotizante do campeonato: Pipeline.
Pipeline: a linha entre o tudo ou nada
Se você não sabe que onda é essa e como funciona o WSL, vou explicar brevemente. O campeonato possui 11 etapas, as quais são realizadas em diversas praias do mundo. Este ano, por exemplo, elas foram realizadas nos seguintes locais:
Os locais e a ordem das etapas mudam a cada ano – Fonte: Globo.com/ Foto: Infoesporte
Uma dessas onze etapas é realizada em Pipeline, no Havaí. Uma área conhecida internacionalmente pelos surfistas em razão de suas ondas tubulares e perfeitas, mas também por colocar a vida em risco. As ondas em Pipeline quebram de forma violenta e conforme as tempestades de inverno seguem para o leste no Pacífico Norte, elas ficam cada vez mais fortes.
Existem janelas de ondas diferentes conforme a localização no oceano – Fonte: surfline.com
Já ocasionaram milhares de lesões e vítimas fatais. Para ter ideia, segundo a Super Interessante, em 1998 foram registrados 30 acidentes em um único dia e de acordo com uma matéria publicada no Globo.com, há uma média de uma morte de surfistas por ano em Pipeline.
Mas se ela é tão perigosa e fatal, por que continua sendo o sonho de todo surfista profissional?
Porque ela é a prova do que o surfista é capaz. Pipeline é a linha entre o hospital ou a glória, é o tudo ou nada. Os recifes e a batimetria ocasionam a mágica nas ondas, mas para a magia ser completa, o atleta precisa estar muito bem preparado para lidar com elas.
Caminho das ondas em Pipeline – Fonte: surfline.com
Se um surfista é capaz de domar a fúria do mar do Havaí, ele tem seu lugar garantido na história, como é o caso do bicampeão mundial.
História de Gabriel Medina
Em 2014, antes de vencer o Circuito Mundial de Surfe, o nome “Gabriel Medina” já havia viralizado nas redes sociais e nos meios de comunicação.
Análise sobre as possibilidades de vitória de Gabriel Medina em 2014 – Fonte: O Globo
Sua história e talento já haviam começado em 2002 quando subiu pela primeira vez em uma prancha. Mas foi só a partir de 2009 que ele começou a ser visto quando venceu uma das etapas do Mundial no Brasil, dando início à sua carreira profissional.
Linha do tempo Gabriel Medina
Apesar de hoje reunir dezenas de pessoas que param para assistir aos seus treinos nas praias, o sucesso não o fez deixar de ser aquele garoto simples e humilde. Medina sempre foi calmo e tranquilo, mas sempre teve vontade e o incentivo de sua família para treinar e se destacar no esporte.
Quando comentei com o Ricardo Azevedo, aquele que morou comigo lá no Havaí, que estava escrevendo um artigo sobre Gabriel Medina e o Surfe, ele me disse:
“Medina é puro talento unido com muito profissionalismo e um ótimo suporte familiar.” Ricardo Azevedo – Surfista profissional
Se não fosse por eles, talvez hoje nem saberíamos quem é Gabriel Medina e não teríamos um bicampeão mundial representando o Brasil. O responsável pelos primeiros passos dele foi o padrasto, Charles Saldanha, que o presenteou com a primeira prancha e o incentiva até hoje.
Fonte: Glamurama Foto: Getty Images
O padrasto faz parte do porto seguro de Medina ao lado da mãe, Simone, e dos irmãos, Felipe e Sophia Medina.
Família completa na conquista do primeiro mundial de Medina – Fonte: globo.com Foto: Márcio Fernandes / Ag. Estado
O mesmo incentivo que a família deu e continua a dar em sua trajetória, ele procura dar à sua irmã mais nova dentro e fora do esporte. Em um dos episódios da série Mundo Medina do Canal Off, Sophia comenta que não haverá onda para ela nas águas de Maresias (SP), onde o surfista treina quando vem ao Brasil. Ao escutar isso, Medina responde:
“Se tem mar, tem onda. Essa é a matemática.” Gabriel Medina
Essa sua fala e atitude em relação à irmã retratam sua humildade, respeito e visão de que o sucesso não lhe subiu à cabeça.
Gabriel e Sophia Medina – Foto: Mario Antonio Amay Alfaro/divulgação Instituto Medina
Mas Medina não ajuda apenas sua irmã. Em 2017, o surfista realizou mais um sonho inaugurando o Instituto Gabriel Medina (IGM) no local onde pegou suas primeiras ondas. O trabalho feito no Instituto busca transformar a vida de jovens por meio do esporte, dando a eles a oportunidade de prepararem-se para serem campeões na vida e no esporte.
O IGM atende jovens de 10 aos 17 anos. Oferece alimentação, equipamentos e benefícios que auxiliam nos treinamentos. Os únicos pontos exigidos pelo IGM são disciplina e frequência tanto nos treinos quanto na escola.
Instituto Gabriel Medina em Maresias (SP) – Fonte: surftoday Foto: Fábio Maradei
O mais bacana de todo esse trabalho feito é que quando o surfista está em Maresias (SP), ele reserva um tempo para estar com os jovens do Instituto e dar a eles o mesmo incentivo que dá à irmã.
Por que empresas possuem embaixador de marca?
A resposta é simples: estratégia de marketing. Mas, apesar de ser uma resposta simples, não há nada de simplicidade na hora de colocá-la em prática.
A decisão final das pessoas na hora de escolher um produto sempre foi baseado na opinião dos outros. Acontece que antes do surgimento da internet e redes sociais, a troca de informações “boca a boca” acontecia apenas entre amigos, familiares e pessoas próximas.
Hoje, o poder do “boca a boca” continua sendo uma das principais estratégias das empresas, mas de uma maneira diferente. Quando a mesma resolve escolher um famoso para ser seu embaixador de marca, significa que ela quer utilizar a influência e exposição dessa pessoa na sociedade para influenciar outras. Esse foi um dos motivos pelos quais a Audi escolheu Medina. O surfista só no Instagram possui 7,9 milhões de seguidores.
Veja o que o campeão do circuito Supersurf e bicampeão catarinense profissional (2016 e 2017), Caetano Vargas, me disse sobre a referência de Gabriel Medina:
“O Medina hoje é referência no esporte. Você vai falar de surfe e logo as pessoas assimilam a ele. Ele se tornou um ídolo mundial, um cara que tem uma capacidade incrível para vencer eventos e com isso sempre alcança grandes resultados, o que o mantém no topo da categoria e assim sempre em evidência, fazendo-se uma das pessoas mais bem remuneradas dentro do esporte.” – Caetano Vargas, surfista profissional patrocinado pelas marcas Fico SurfWear e TBS Surfboards.
O que avaliar na hora de escolher um embaixador de marca?
Embaixador de marca são patrocinados pela mesma, sendo pagos por meio de dinheiro ou produtos e serviços gratuitos. Eles são diferentes dos defensores de marca, que passam a falar voluntariamente de uma marca específica apenas por admirarem ou gostarem dela.
Todo embaixador é um defensor de marca, mas nem todo defensor é embaixador.
Eu, por exemplo, me considero defensor das marcas Harley e McDonald’s. Já o bicampeão mundial de surfe é um embaixador e representa as marcas:
- Audi
- Rip Curl
- Guaraná Antártica
- Oi
- Bradesco
- Semp TCL
- JBL
- Orthopride
- Polo Blue (perfume da Ralph Lauren)
- Corona
Antes de escolherem o embaixador, as marcas acima, assim como outras que utilizam dessa estratégia, precisam estudar muito bem os nomes antes de tomar qualquer decisão. Dois pontos importantes precisam ser analisados nessa etapa: a credibilidade que o futuro embaixador tem no mercado e a afinidade que possui com a marca.
E por que digo isso? Porque a partir do momento que um embaixador de marca é escolhido, ele passa a ser o rosto da mesma e a ter um relacionamento contínuo com ela.
Afinidade
A escolha do embaixador deve ser feita com base na relação que o famoso possui com a marca e seus valores. De nada adianta ter um embaixador extremamente famoso e influente na sociedade, se ele não combinar com a marca e nem com o público-alvo dela. Nenhum consumidor irá sentir-se atraído e encantado por uma marca que tiver um representante que não represente seus valores. Gabriel Medina tem essa afinidade com a marca e quando posta algo referente a ela, faz sucesso.
Credibilidade
Analisar a trajetória do possível embaixador é fundamental para o sucesso da marca. Pode ser que o famoso tenha os mesmos valores que a marca, porém, um simples evento negativo no passado, mesmo que já tenha ocorrido, pode acabar manchando a imagem da marca.
O mesmo cuidado deve acontecer com embaixadores atuais. Não é porque o nome já foi escolhido e já representa a marca há um tempo que não é necessário ficar de olho na postura dele no dia a dia. Qualquer deslize, por menor que seja, poderá atingir a marca direta ou indiretamente.
Você lembra do caso do nadador americano Ryan Lochte que inventou ter sido vítima de um assalto durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016? Depois do escândalo e de admitir ter forjado a história, o atleta perdeu o contrato com três patrocinadores: Speedo, Gentle Hair Removal e Airwave.
Ryan Lochte, nadador americano – Fonte: Caras Foto: Getty Images
As 12 medalhas olímpicas e a história de Ryan não foram suficientes para segurar o apoio das marcas. Nenhuma delas queria ter seus nomes conectados ao nadador que agora passava a carregar um escândalo nas costas. Se continuassem a tê-lo como embaixador da marca, que credibilidade estariam transmitindo aos seus consumidores?
Outros casos de atletas que acabaram afetando patrocinadores e contratos foram os do ciclista Lance Armstrong, envolvido em um esquema de doping, e os escândalos amorosos de Tiger Woods.
O tiro no pé dos 15 minutos de fama
Um erro que algumas empresas cometem e que acaba interferindo diretamente no sucesso da marca e no crescimento das vendas é: escolher como embaixador um nome que está em alta em determinada época.
A exposição momentânea desse famoso irá gerar um lucro para a marca? Claro! Mas será tão momentâneo quanto a exposição dele. Ao escolher dessa maneira, provavelmente, a empresa perderá dinheiro no futuro, pois aqueles 15 minutos de fama podem não ter acréscimos. E aí, o que a empresa fará com aquele embaixador que não está mais em evidência e não atrai mais o público?
Portanto, as empresas precisam ter muita cautela ao escolher o embaixador de marca.
Por que a Audi escolheu Gabriel Medina?
Antes de escrevermos esse artigo, fiz essa pergunta ao Cláudio Rawicz, Diretor de Marketing e Comunicação da Audi do Brasil, e rapidamente ele me disse o seguinte:
“Medina é um cara especial. Combina com a marca e transmite aquilo que queremos passar: jovialidade, esportividade, criatividade e ousadia. Além de ser um cara inovador e vencedor como a AUDI.” Cláudio Rawicz
Ou seja, a Audi escolheu Gabriel Medina como embaixador da marca baseada em valores. E eu ouso dizer que o convite só foi aceito pelo bicampeão mundial do surfe porque ele viu que havia uma conexão de valores entre sua marca pessoal e a Audi. Além disso, desde pequeno, o surfista sempre foi apaixonado pelas quatro argolas e essa parceria, muito mais do que um poderoso acordo comercial, também teve como fator decisivo o lado emocional.
Vale lembrar que nestes três anos ao lado da marca, a exposição do atleta nas redes sociais, eventos e campanhas da marca tem crescido exponencialmente, bem como o retorno de investimento. Em 2019, Medina participou de uma coletiva pré-temporada na sede da Audi do Brasil, em São Paulo, na qual anunciou sua renovação de contrato como embaixador, além de ter estrelado pela primeira vez uma campanha publicitária para a montadora, a Audi Aussergenwönlich.
Sede da Audi do Brasil em São Paulo (SP) – Fonte: Cláudio Rawicz
Resolvemos então explicar cada uma das características que motivaram a Audi a fazer essa escolha.
1 – Jovial
Pode ser que você ache esse primeiro valor um pouco óbvio ao relacionarmos com Gabriel Medina, afinal ele ainda está na casa dos 20. Mas eu já conheci muitos jovens que não tinham espírito jovem. Ele tem e isso combina muito com a leveza e modernidade que a marca Audi transmite em seus veículos. E mais do que isso, ajuda de maneira decisiva a estratégia de rejuvenescimento da marca no mercado automotivo brasileiro.
Medina é embaixador da marca desde 2017, renovando o contrato em 2019 – Fonte: Cláudio Rawicz Foto: Imprensa Audi
2 – Esportivo
Uma das linhas dos veículos da Audi é a esportiva: a Audi Sport. E nada melhor do que escolher um atleta para representar a marca. A empresa consegue misturar tecnologia, adrenalina e superação em seus veículos.
Gabriel Medina conhecendo o modelo Audi Q7 no dia que visitou a sede da Audi do Brasil – Fonte: Cláudio Rawicz
E o que essas características têm em comum? Elas movem o esporte e são elas que incentivam Gabriel Medina em cada onda e campeonato.
3 – Criativo
Se Medina traz criatividade em cada onda, a Audi traz em suas linhas de veículos e campanhas publicitárias. Você daria uma definição melhor para os vídeos bem humorados feitos com Gabriel Medina? Se você ainda não viu algum deles, dê uma olhada:
4 – Ousado
Medina está entre os poucos surfistas do mundo que se arriscam no backflip, um giro para trás com alto nível de dificuldade. A primeira vez que acertou a manobra em campeonato foi em uma bateria da Liga Mundial de Surfe (WSL).
A perfeição da manobra garantiu a nota 10 e o campeonato mundial em 2014 – Fonte: Globo.com/ Foto de: Carolina Siqueira/Ricosurf
Apesar de complexa, ele quebra as leis da gravidade ao realizar a manobra com tamanha perfeição. Se não fosse ousado, a história do bicampeão mundial não seria a mesma. Da mesma forma que a Audi não teria tanto sucesso se não tivesse a ousadia em seu DNA de marca, trazendo veículos cada vez mais tecnológicos e modernos. Vale lembrar que a tecnologia Quattro de tração integral nas quatro rodas é uma inovação criada pela marca das quatro argolas e é um marco no sentido de garantir a alta performance dos veículos em qualquer terreno.
5 – Inovador
Medina trouxe inovações para o surfe assim como a Audi trouxe para o mercado automobilístico. Para ter certeza do que estou falando, basta olhar os últimos lançamentos da marca, cada vez mais inovadores, como o Audi Q8.
Novo Audi Q8 – Foto: divulgação autoesporte
6 – Vencedor
Gabriel Medina não nasceu vencedor, mas sempre teve fome de vencer. Criou sua própria carreira da mesma forma que a Audi desenvolveu uma excelente posição no mercado automobilístico. Conseguiram isso porque possuem talento.
Medina possui um talento nato para surfar. Provou isso desde aquele primeiro backflip que deu na Liga Mundial de Surfe. E não foi por menos que levou dois campeonatos mundiais.
Conquista do segundo mundial da Gabriel Medina em Pipeline, Havaí – Fonte: Folha Foto: WSL/ Ed Sloane
A Audi possui o talento de oferecer aos seus consumidores veículos extremamente seguros, inovadores e modernos. Tanto é que desde que chegou ao mercado brasileiro, há 25 anos, pelas mãos de um dos maiores esportistas brasileiros e ídolo de Gabriel Medina, o piloto Ayrton Senna, a marca sempre esteve entre as cinco maiores fabricantes de automóveis de linha premium no Brasil (e entre as três desde 2012).
Fonte: G1
Tanto a Audi como Medina desenvolveram técnicas e valores que os fizeram ser vencedores em seus segmentos e a estar onde estão hoje.
7 – Perfeccionista
Esse sétimo item o Cláudio não mencionou em sua resposta, mas eu quis acrescentar pois ao meu ver a Audi e o Medina estão em constante busca pela perfeição.
A cada novo lançamento a Audi traz um detalhe ou função nova para chegar cada vez mais perto do veículo perfeito em termos de motor, design e tecnologia. E por que digo que estão cada vez mais perto? Porque todo ano a marca surpreende seus consumidores. Quando lançam um modelo novo, um dos meus primeiros pensamentos é “Agora eles alcançaram o limite da perfeição, não tem como deixar melhor”. Mas aí, no ano seguinte, eu mordo a minha língua.
É essa mesma busca que move Gabriel Medina e a equipe que faz toda a sua preparação física. Todo ano Medina separa um tempo para vir para o Brasil para preparar-se fisicamente. O treinador físico que o acompanha, Allan Menache, planeja treinos de fortalecimento que simulam e estimulam movimentos que o atleta provavelmente terá que fazer em cima da prancha.
Fonte: site Hardcore/ Foto: Caio Palazzo
O aprimoramento dessa parte técnica, com exercícios de agilidade e potência, é fundamental para que ele esteja preparado para lidar com alguns desconfortos no mar. Surfar não é apenas estar em cima de uma prancha, é preciso ter força, equilíbrio e velocidade para enfrentar as ondas intensas do Havaí.
Se você quiser conhecer um pouco mais sobre a rotina de treinos do Gabriel Medina, recomendo assistir a série Mundo Medina do Canal Off.
Esses sete valores conectam a marca Audi e o bicampeão mundial de surfe. A influência e o reflexo de ambos na sociedade é indiscutível. A Audi é referência entre as marcas premium no Brasil e Medina entre a nova geração de surfistas brasileiros.
O sucesso do Brazilian Storm
Se temos que agradecer a alguém pelo o surfe brasileiro estar entre as paixões de quem vive no Brasil, esse alguém é Gabriel Medina. Foi o seu primeiro título mundial, em 2014, e todo seu esforço que deu início a uma nova era do surfe.
Assim como ele, os novos talentos do surfe brasileiro têm surgido com cada vez mais garra e força de vontade. Tanto é que esses novos atletas são conhecidos como geração Brazilian Storm, o que em português significa Tempestade Brasileira.
O Brasil pode não ter as melhores ondas para surfar, mas não podemos negar que foram elas que nos últimos anos desenvolveram grandes estrelas do esporte. Abaixo você confere os nomes dos oito surfistas brasileiros que estão na elite do esporte segundo a Blasting News:
- Gabriel Medina
- Adriano de Souza
- Filipe Toledo
- Ítalo Ferreira
- Wiggolly Dantas
- Jadson André
- Caio Ibelli
- Miguel Pupo
Mas afinal, o que raios significa o ‘außergewöhnlich‘ que Medina tenta falar vídeo da Audi?
A palavra que o atleta tenta falar no vídeo significa “extraordinário” em alemão e foi o termo escolhido pela Audi no novo slogan da marca promover as vendas:
“Audi Außergewöhnlich. Difícil de falar. Fácil, fácil de sair de Audi”.
A escolha do termo em alemão é uma estratégia do marketing e da comunicação da Audi Brasil para reforçar o DNA e posicionamento como marca premium do setor automobilístico. A campanha foi criada para promover o novo Audi A4 nos modelos Avant e Sedan.
Audi A4 Avant
É um excelente modelo para a família. Espaçoso, leve e aerodinâmico. Possui um design incrível e conta com diversas funções, acessórios e tecnologias, como:
- Audi Virtual Cockpit
- Smartphone Interface
- Teto Solar Panorâmico
- Motor 2.0 Turbo FSI
O modelo custa a partir de R$199.990,00.
Novo Audi A4 Avant – Fonte: Audi
Audi A4 Sedan
Este já é um modelo para quem gosta de luxo e esportividade no mesmo veículo. Possui um design arrojado que deixa uma ótima primeira impressão a qualquer um. Assim como o Sedan, possui tecnologias e acessórios que fazem do veículo um modelo ideal para quem busca aventura em quatro rodas:
- Câmbio Automático S Tronic
- Audi Virtual Cockpit
- Motor 2.0 TFSI
- Volante de três raios multifuncional
O valor deste modelo custa a partir de R$159.990,00.
Novo Audi A4 Sedan – Fonte: Audi
Estes dois modelos, assim como os anteriores, entraram para história da Audi graças à inovação que a marca deu tanto nos veículos quanto no novo posicionamento.
A evolução da marca Audi
O vídeo da campanha em que Gabriel Medina aparece é um exemplo do novo posicionamento da Audi. A identidade da marca engloba três pontos: esportividade, progressividade e sofisticação. E não podemos negar que eles realmente cumprem com a linha que criaram em seus produtos, atendimento e serviço.
Mesmo tendo uma excelente qualidade naquilo que faz, a marca resolveu adotar um novo posicionamento no final do ano passado: o de conectar ainda mais o produto ao cotidiano das pessoas.
E isso eles conseguiram com o vídeo de lançamento do Audi A4 gravado pelo Gabriel Medina, concorda? Ou você consegue falar a palavra em alemão? Nem eu e nem minha equipe conseguiram falar, e olha que metade do meu sangue é alemão.
Quando vi a campanha e o bicampeão mundial do surfe na mesma situação que eu, me senti representado, assim como eu tenho certeza que os consumidores da marca Audi se sentem representados pelos produtos que ela apresenta.
E você sabe por que isso acontece? Porque a marca possui um arquétipo muito bem desenhado e segue a risca as estratégias para manter o planejado e atingir seu público-alvo. Não só a Audi, mas todas as marcas que expressam e exploram seus arquétipos acabam ganhando relevância no mercado.
Mandala arquétipos de marca
Como você pode ver na tabela, o arquétipo explorado pela Audi é o do sábio, o do guia, é aquele que quer aprender coisas novas e estar em constante evolução. Volte um pouco no artigo e leia os valores que fizeram a marca escolher Gabriel Medina como embaixador de marca. Lá não estão a inovação e a busca pela perfeição? Isso não bate com o significado do arquétipo da marca?
Tudo foi muito bem bolado e por mais que a marca faça mudanças, o arquétipo sempre permanece o mesmo. Cada ação feita possui um significado. Desde o logo até a escolha dos embaixador. Falando em logo, dê uma olhada na evolução dos logotipos da marca desde 1909 e entenda o porquê dos quatro anéis:
Fonte: site razaoautomovel.com
Os quatro anéis representam a união das quatro empresas: Audi, Horch, DKW (Dampf-Kraft-Wagen) e Wanderer. Se você quiser conhecer um pouco mais sobre arquétipos de marca, eu recomendo a leitura do livro da Margaret Mark e Carol S. Pearson: O Herói e o Fora de Lei.
Este foi meu livro de cabeceira por um bom tempo
A influência da Audi no Brasil
A força que a marca Audi atingiu no mundo é resultado de todo um trabalho estratégico e de planejamento. Está entre as marcas de montadoras de carros mais bem sucedidas no setor de automóveis de linha premium. Na verdade, ela não está entre as melhores, está no top três ao lado de Mercedes-Benz e BMW.
No Brasil, a história da marca começou no ano de 1993 quando foi oficializado o acordo entre a Senna Import e a Audi AG por meio de Ayrton Senna, tricampeão mundial de Fórmula 1 e orgulho dos brasileiros. Inclusive escrevi um post sobre ele esses dias em meu perfil, basta clicar aqui para ler.
No ano seguinte do acordo, a marca começou a vender no Brasil – Fonte: Blog Ayrton Senna Vive
Nos últimos anos, o investimento da marca no Brasil só tem aumentado. As operações cresceram, só em 2018, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a Anfavea, a empresa emplacou 8.677 veículos. Bastante, não?
Em razão disso, o número de concessionárias também aumentou, chegando a ter hoje 47 espalhadas pelas cinco regiões do país. Além de ter essa quantidade grande de concessionárias da marca, o Brasil tem o privilégio de ser o único país da América do Sul a ter uma fábrica da marca, situada em São José dos Pinhais no estado do Paraná, a qual foi inaugurada em 2015.
A Fábrica está localizada na Rua Antonio Singer, 6751 – Campo Largo da Roseira, São José dos Pinhais – PR
No mesmo ano em que a fábrica em solo brasileiro foi construída, a Audi entregou 1.8 milhões de veículos aos seus clientes. Se atingiu esse números cinco anos atrás, imagine agora?
Em maio de 2018, por exemplo, entregou cerca de 160 mil carros aos seus clientes em todo o mundo.
O foco no desenvolvimento em produtos modernos, tecnológicos, sustentáveis e seguros, faz com que a marca alemã permaneça no pódio do mercado automotivo premium do país. A marca, assim como Gabriel Medina, é pioneira em trazer inovações que melhorem cada vez mais segurança e conforto a mobilidade individual.
Nos próximos anos, tenho certeza que ouviremos falar ainda mais sobre a Audi do Brasil, Gabriel Medina e o que a parceria entre essas duas marcas pode trazer para o consumidor e a sociedade.
Agora que você chegou até o fim deste artigo, quero saber: você já conhecia os motivos que fizeram a Audi escolher Gabriel Medina como embaixador de marca? O que achou da nova campanha?
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Produzi este artigo em parceria com o Cláudio Rawicz, Diretor de Marketing e Comunicação da Audi do Brasil.