

Todos nós temos sonhos, sejam eles grandes ou pequenos. Temos sonhos de algum dia alcançar o tão almejado sucesso, seja ele financeiro, mental, físico e/ou espiritual. Sonho de poder conquistar o mundo, sonho de buscar a (nossa) perfeição. Sonhar, planejar e focar são ações determinantes para qualquer ser humano que sabe que não existe fórmula mágica na carreira. Esta perseguição pelo sonho almejado é uma luta diária a todos, inclusive para os pais e alunos da Escola Bolshoi. Obstáculos vão surgir, você precisa estar direcionado e concentrado no seu objetivo maior e por isso, é necessário, na maioria das vezes, que você faça um planejamento da sua carreira.
Muitas pessoas desistem no meio do trajeto, outras deixam de lado aquilo que querem para viver o objetivo de pessoas a sua volta. No cenário familiar, há muitas mães e pais que largam tudo para viver e apoiar o sonho do filho ou da filha. Nesse caminho, às vezes mudar de cidade ou de país torna-se essencial para “virar a chave” e temos grandes exemplos espalhados por aí que tomaram essa atitude, são pais que dão o seu sangue e suor para ver seus pimpolhos felizes e com grande satisfação no rosto.
Em uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) com 54.986 pessoas, com idade entre 15 e 28 anos, revelou que quase 80% dos jovens brasileiros desejam alcançar seus sonhos profissionais até os 30 anos de idade. A matéria do Jornal Extra também destacou que o imediatismo é bem característico das novas gerações.
A maioria dos jovens brasileiros quer ter sucesso na carreira antes dos 30 anos – Fonte: Extra
Em uma das minha idas à Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville (SC), tive a oportunidade de conhecer e conversar com a Néia Camilo, a mãe do João Camilo, aluno e bailarino no Bolshoi. Depois que descobri que ela era uma das pessoas nesse mundo que largou tudo para viver o sonho do filho, a convidei para contar toda essa jornada em um dos episódios do meu podcast e ela topou.
Para escutar a conversa completa, clique no player abaixo e acompanhe os principais temas por meio da minutagem que preparei para você:
- 01:07 – Como foi o desafio de ter o filho na dança?
- 11:20 – Mensagem aos pais, de meninos e meninas, que querem tentar o mundo da dança
- 21:43 – Qual o novo talento do João após entrar no Bolshoi?
Como o apoio familiar e o da Escola Bolshoi auxiliou no desenvolvimento do João
Conheça a história de força, dedicação e determinação dessa dupla:
Dalbosco – O João é aluno da Escola Bolshoi. Sua mãe, Néia, veio de Osasco (SP) há três anos, para viver o sonho do filho. Como é que aconteceu este desafio desde quando o João falou assim: “quero ir para a dança!”
Néia – Foi desafiador. Ele estava no primeiro ano da escola. Tinha balé para as meninas e judô para os meninos. E o João sempre falava “mãe, queria fazer balé”. Eu falei balé não dá, João. “É para as meninas e também sai fora da carga horária, não dá”. A minha vida era de transporte escolar e não tinha como. E aí no segundo ano a mesma coisa. “Ai, mãe, queria tanto fazer balé”. Eu falei “João não dá”. É judô! E aí no terceiro ano, já para o final do ano, ele “mãe, queria tanto fazer balé”. Falei: “João, é judô!”.
Dalbosco – Terceiro ano seguido, que persistente!
Néia – Então, ia ter uma apresentação de final de ano que a escola fazia e a professora de balé precisava de um menino para fazer algumas coisas. Daí, as meninas da sala do João falaram que o João Camilo fez estes exercícios que a gente faz, brincando.
Aí, a professora foi atrás e pediu para fazer alguns exercícios e ele fez. Ela ficou desesperada: é dom, é talento! Ela me mandou um texto no WhatsApp. “Olha, mãe, pelo amor de Deus, aqui é a professora Tatiana, deixa eu dar aula na minha academia para o João de graça.” Eu falei: “Gente, o que é isso, né? Como assim?”. Fui assistir a uma aula, no sábado. Levei o João e ele saiu de lá muito encantado.
Dalbosco – Como é o nome dessa professora?
Néia – Tatiana. Maravilhosa. Ela merece todo o reconhecimento. Ela apoia, ela é guerreira.
Dalbosco – Descobriu o pupilo…
Néia – E aí ela começou a dar aula para o João e trouxe um aluno que ela formou e estava nos Estados Unidos. Trouxe este aluno para dar uma aula avulsa para as crianças. E esse aluno, Lucas, viu o João na aula e disse: “Tati, eu quero aquele menino!”
Dalbosco – O menino tem talento… Caramba!
Néia – Aí a Tati me chamou, chamou o pai do João também e falou que o Lucas Lima tinha visto o João e queria o João para colocar no Teatro Municipal de São Paulo.
Aí foi tudo muito rápido, ele já marcou a entrevista com a Suzana lá em São Paulo (SP), no teatro. E o João já entrou para o teatro.
Dalbosco – Na época ele tinha oito para nove anos…
Néia – Oito para nove anos. Só que o João ficou só um mês nesse teatro, por quê? Porque eu morava em Osasco (SP) e o teatro ficava no centro de São Paulo. São três horas, mais ou menos, por causa do trânsito e não tinha condições de fazer. Aí voltamos o João para a escola da Tati e tiramos ele do Teatro Municipal porque não tinha mesmo condições de manter. Aí, já era julho. Quando foi em agosto, a Tati falou assim “Néia, abriu inscrição para o Teatro Bolshoi”. Eu nem sabia o que era Teatro Bolshoi. Ela disse “Leva o João para fazer a seletiva”. Eu falei “Tati, onde?” “Lá em Santa Catarina”.
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Dalbosco – Na época não era um road show. Tiveram que vir aqui.
Néia – Eu cheguei em casa e falei para minha filha mais velha “Ingrid, a Tati falou que o João tem talento para ir para o Bolshoi”. Ela falou “Mãe, vamos inscrever ele!”. E ela pagou a inscrição do João e a gente veio com a minha irmã e meu cunhado. Viemos de carro.
Dalbosco – Vieram os quatro para cá…
Néia – Viemos. Só que eu já falei para o João, “João, são muitas crianças”, eu tinha lido a respeito. “São muitas crianças. Nós vamos lá para você conhecer esse lado da dança. Mas nós vamos porque nós vamos para o Beto Carrero, ok? É isso que nós vamos fazer. Vai ser seu presente do Dia das Crianças”. Chegamos aqui e uma fila enorme, muita gente, muitos pais, muitas crianças. Uma criança mais maravilhosa que a outra, né, que você vê nas filas. E o João pegou, entrou e ficou o dia inteiro. Aí ele saiu encantado daquele lugar.
Dalbosco – E você nem sabia o que estava acontecendo lá dentro.
Néia – Não. Desesperada. Minha irmã e meu cunhado foram passear na cidade e eu fiquei ali em frente no portão esperando o João sair. Porque, enfim, nunca tinha deixado ele assim. E o João saiu cinco horas da tarde maravilhado, olhando o teatro pelo lado de fora. E eu “E aí, João, tá cansado?”. Ele falou “Mãe, eu vou estudar aqui”. Eu falei: “Não, João Pedro! São 1.000 meninos; 20 vagas, não. Ainda não, né, é muito difícil”. Ele falou “Uma vaga é minha!”. Só que ele é muito tímido, ele não é uma criança, assim…
Dalbosco – Não tinha saído o resultado ainda. Só que ele estava confiante…
Néia – Confiante. E aí avisaram que no sábado não ia ter aula para os meninos. Não ia ter seletiva para os meninos e ia ter para as meninas. A final dos meninos seria no domingo, mas o resultado de quem fosse para a final sairia na sexta-feira mesmo, por volta das 10 horas da noite.
Bastidores Dalbosco Cast – Fonte: Acervo Pessoal Ricardo Dalbosco
Dalbosco – Quando estava marcada a volta de vocês para Osasco?
Néia – Domingo. Porque na segunda-feira, às 5 horas da manhã, eu tinha que sair para o trabalho. Então, domingo a gente tinha que voltar…E pegamos muito trânsito. Saímos daqui 6 horas [da tarde] e chegamos uma hora da manhã. Mas, enfim, na primeira seletiva saiu o resultado às 10 horas. Eu olhei e vi o nome do João e deu aquele frio na barriga. “Nossa, o que é isso?” E aí eu falei “João…” “Passei, né mãe?” “Para a segunda fase, você passou para a segunda fase…” e aí nós fomos sábado para o Beto Carrero, nos divertimos e tudo.
Dalbosco – João foi junto… Cuidado para não se machucar, né?
Néia – Foi junto. Porque os meninos não iam participar no sábado. Nem pensei em nada. Para mim, só um processo seletivo. Não estava com essa mentalidade que eu viria para cá. E aí no domingo, deixei o João às 8 horas da manhã e 5h30 da tarde ele saiu. Ele foi um dos últimos a sair aqui de dentro e já estava agoniada lá fora “Deve ter acontecido alguma coisa”.
Dalbosco – Meu Deus, será que o João quebrou alguma coisa? Não é, João? (rs)
Néia – Muito tempo e, eu, como não venho desse mundo [da dança], então, assim, não sabia mesmo o que estava acontecendo. E o João Pedro saiu encantado. Ele falou “Uma vaga é minha”. Eu falei “Ai, João, seja o que Deus quiser, não é? Vamos embora que a gente tem que ir para São Paulo”. Fomos, pegamos estrada e pegamos trânsito. Quando foi 11 horas da noite, eu olhei o site para ver se tinha saído o resultado. Quando olhei o nome do João novamente, eu falei “Não, não, isso é mentira. Isso não é verdade”. Só que eu não comentei com ele. Isso foi no domingo mesmo.
Dalbosco – Que ele já tinha sido escolhido?
Néia – Sim. E aí eu saí do site e falei: vou entrar de novo porque devo ter olhado o mesmo site da primeira vez. Meu cunhado dirigindo e eu com ele atrás. Aí olhei novamente e falei “O nome do João tá aqui!”. Olhei e ele estava deitado. Olhei para ele e falou “É minha vaga, não é mãe?” “É sua vaga, é sua vaga!” E, eu, assustada, né…e eu falei “E agora?”.
Ele falou “Eu fiz a minha parte!” “Ué, como assim, você fez a sua parte?”. Só que entendi a pergunta dele ali na hora e naquele momento resolvi que eu viria.
Foi naquele momento. Eu estava passando um período muito ruim em São Paulo devido ao meu divórcio, separação, tudo…São Paulo está muito cheio e estava cansada e queria uma mudança de vida.
Dalbosco – E dessa gota d’água foi a cereja em cima do bolo.
Néia – É, foi a cereja. Quando ele falou “Eu fiz a minha parte”, foi porque nós, eu e ele, somos muito amigos desde pequenininho…
Dalbosco – Deu para ver quando vocês chegaram aqui.
Néia – Quando eu fazia transporte escolar lá em São Paulo, ele era meu aluno, meu amigo, né, ele estava comigo o tempo inteiro. Então, via minhas baixas e minhas altas. E eu falava para ele “João, queria tanto mudar daqui. Eu queria tanto sair daqui”. Ele falou “Vamos orar, vamos orar que Deus vai tirar a gente daqui”. A gente orava mesmo por isso.
E quando ele falou “Eu fiz a minha parte”, entendi que era o resultado da nossa oração. Eu falei ok. Cheguei em casa, contei para as filhas, contei para o pai dele e todo mundo apoiou de pronto. Foi assim: vai! Eu falei “Uau, como que vai…”. Enfim, vendi o carro, o transporte escolar, vendi tudo lá. As filhas ficaram porque são maiores de idade, elas trabalham. E eu e o João viemos nos aventurar em Joinville (SC).
Dalbosco – Quando é que vieram? Um mês depois?
Néia – Saiu o resultado em outubro e nós mudamos para cá dia 31 de janeiro. Foi bem rápido.
Dalbosco – Mudar a vida de anos. Quantos anos em Osasco?
Néia – Eu nasci lá…
Dalbosco – Nasceu lá…Néia, qual é a mensagem que você dá para um pai ou uma mãe de menino ou menina quando ele fala “Eu quero tentar, quero pelo menos ir!”. E aí porque é uma mudança você, na verdade, viver o sonho de um filho, muitas vezes deixar os seus próprios objetivos pessoais, particulares, mais egoístas, vamos dizer assim, um pouco de lado.
Como você consegue passar uma mensagem dessa de incentivo para os pais que, muitas vezes, têm receio de trazer até o filho ou a filha para remeter a um teste desse, com medo de muitas vezes, nem é se eu passo ou não, mas com a consequência da mudança de vida.
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Néia – Eu diria: vai! Porque se você vai atrás de um sonho de um filho, ainda que criança, o resultado não tem como dar errado. Porque a criança é o futuro. E posso falar da minha experiência. Deixei os meus sonhos para viver os sonhos do João e encontrei o meu sonho aqui, entendeu? Meu sonho, um sonho novo e para mim, hoje, não me vejo mais voltando para trás. Vejo o João realizando o sonho dele e eu realizando o meu sonho. Então, é fantástico. Vai!
Dalbosco – Construção de uma história, agora em Joinville (SC). Talvez, João, talvez daqui uns anos na Rússia, Nova Iorque, Alemanha. João, vai levar a mãe junto, João? Que bacana. Néia, uma mudança de vida e ainda mais que você já era batalhadora lá. Estava no ramo de transporte escolar, atrás do volante e muda de cidade. É praticamente começar do zero. Isso é verdade mesmo. Sem ter nenhum familiar aqui.
Néia – Nada…
Dalbosco – Sem ter nenhuma facilidade. Começar do zero. Sei da sua história, você já foi até segurança de balada. Já trabalhei no passado também, na noite, organizações de eventos. Tem que ter “saco”, tem que ter paciência. Me conta este seu famoso “Se vira nos 30” para conseguir realizar o sonho do João. O que você passou nos últimos três, quatro anos?
Bastidores Dalbosco Cast – Fonte: Acervo Pessoal Ricardo Dalbosco
Néia – Nós chegamos, eu, o João, o carro e o cachorro. O carro estava lotado com o que podia vir dentro. E um colchão inflável. Foi o que a gente trouxe. Enfim, nós já tínhamos alugado pela internet o apartamento e eu falei “O que vou fazer nesta cidade, com a minha idade?”. Já tenho 45 anos e para ir à procura de um trabalho, é muito complicado, porque não pagam o que você…
Dalbosco – Já tem 45 anos, olha aí João. Ela vai viver até os 90 anos. Está apenas na metade da vida, ela já está se achando muito velha.
Néia – Se eu puxar para avó dele, por parte de pai, ela já está com 95 anos. Sei muito bem, obrigado.
Dalbosco – Está no formol, praticamente. Que bacana!
Néia – Aí eu falei “Trabalhar para empresa não vou conseguir bancar, manter tudo isso. Então, preciso de alguma coisa que eu invente aqui nessa cidade”. Tinha só o carro e fui ser Uber, mas de verdade, eu nunca tinha usado o aplicativo Waze, nunca, nunca. Lá em São Paulo (SP) eu achava… Uma cidade nova, novas pessoas, tudo era novo.
Dalbosco – Pessoal mais fechado.
Néia – Então, é difícil falar que foi fácil, não foi. Chorava todos os dias. Chorava para o João. Então, assim, quando descia, João ia no transporte do Bolshoi, eu chorava. Falava “Vamos orar porque eu preciso de algo que me sinta segura”. Porque fazia bem feito, gostava de fazer aquilo, mas eu tinha medo. Tinha medo de não voltar para casa, para o João. Quem era que estava indo no meu carro, para onde eu estava indo.
Dalbosco – E também por não conseguir passar essa segurança para ele…
Néia – Aí foi difícil. Foram nove meses de Uber. E assim foi. Comecei a fazer babá para as amigas. As amigas precisavam ir jantar com os maridos e comecei a trabalhar de babá para elas.
Dalbosco – Aí começou a ter um círculo de amizade.
Néia – Daí eu comecei a fazer transporte particular para algumas pessoas que já conhecia do Uber. Aí começou a ficar mais maleável. Sou formada em moda. Uma amiga viu o meu currículo e falou assim “Amiga, por que você não vai trabalhar em uma empresa de confecção? Aqui tem muitas”. “Não, eu não quero, assim, fechado”. Eu não conseguia trabalhar desse jeito. E aí ela me chamou para fazer um evento na igreja, para dar uma palestra na igreja neste ramo de bazar. Eu fiz isso e quando fiz, me apaixonei pela área sustentável. Falei “Ué, é isso que eu quero fazer!”. Ali nasceu o brechó…
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Dalbosco – É o que você tem hoje…
Néia – É o que eu tenho hoje, mas antes disso, o brechó nasceu dentro do meu apartamento, na sala da minha casa.
Dalbosco – E atendia as pessoas lá?
Néia – Lá no apartamento. Na sala de casa. Mas não dava para bancar a conta com isso e eu fazia segurança de balada, caixa de balada, continua como babá e tinha o brechó.
Dalbosco – Que mãe, hein, João, caramba. Eu estou admirado.
Néia – E assim nasceu o meu sonho…
Dalbosco – Néia, de todos estes seus desafios, tem uma grande vantagem: a escola dá um grande suporte para o aluno. Isso é o que lhe dava esperança, isso é o que dava segurança para você continuar seguindo em frente. “Ok, vou orar e uma hora eu consigo vencer por este meu lado, para poder conseguir sustentar o João. Porque, ainda bem que tenho suporte da escola”.
Néia – Sim, com certeza, conta muito isso. A escola é uma escola que é assim, a gente foi ver, como eu falei, não conhecia a escola, mas fui ler toda a história e realmente isso traz uma segurança porque você faz família aqui dentro. Eles lhe dão toda a estrutura para que o João cresça, com disciplina, na área que ele quer, na área do sonho dele, mas com toda estrutura para ele. Isso para mim foi o que pesou.
Dalbosco – Muitos pais já conhecem o Bolshoi mas não entendem a dinâmica de como funciona. A rotina do João é parte no Bolshoi, parte na escola? Que tempo a criança tem para realizar suas atividades pessoais, suas brincadeiras, seja lá o que for, mas dizer que é uma grande paixão. Pelo que eu encontro, as pessoas aqui dentro do Bolshoi, não existe um que não esteja aqui obrigado pelos pais. Pelo contrário. A pessoa que tem o dom e se dedicou e aquela criança, aquele jovem, que arrastou os pais para Joinville (SC) e não ao contrário.
Néia – Exatamente. O João é um apaixonado porque ele acorda cedo, sem reclamar, ele se arruma, vai para o Bolshoi, vai para a escola fundamental, ou às vezes, volta para o ensaio no Bolshoi. Eu falo: deve estar cansado. Ele vai em uma rotina muito boa. E as notas dele na escola são ótimas.
Saiba como o Bolshoi mantém uma excelente comunicação interna na Escola
Dalbosco – E chega à noite e tem que estudar…
Néia – Estuda, tem que estudar porque no outro dia ele tem aula. Tem as provas, tem as atividades e, assim, ele tem uma vida que acredito que é uma vida que ele escolheu.
Dalbosco – Que bacana é a vida dele e, claro, consequentemente, a sua vida junto porque você é peça fundamental para viabilizar isso. Parabéns a você, ao João por ser um guerreiro. E através desses vídeos, inclusive, essa é uma das nossas intenções: levar o conteúdo para frente, não só como exemplo para outros pais, mas também para alunos que vão ver no João um exemplo para isso. E, realmente, um espelho para várias pessoas que vão ter, pelo menos, a mesma dedicação, independente de ser bailarino ou não, determinação dele é algo exemplar que eu acho que tem que ser replicado e ainda bem que a gente tem esta oportunidade, como um fã do Bolshoi, de levar essa comunicação.
Eu não tenho dúvida que daqui alguns anos vou estar entrevistando o João, na formatura dele e alcançando aí o mundo em termos de exemplo profissional de projeção profissional que já tem vários, centenas, do Bolshoi, que estão espalhados pelo mundo. Acho que atualmente passa dos 100, tranquilamente.
E o João é um menino que vai ser um desses. Um porque é determinado. Dois, porque tem apoio familiar. Três porque está na melhor escola que poderia estar. Seja tecnicamente, seja em termos de apoio ao aluno, ao estudante aqui. Eu acho que vocês conseguem ter a tríade do sucesso, como eu chamo. Família apoiando, a criança tem o dom e é dedicada, e a escola dando este apoio e conseguindo fazer esta liga. Então, parabéns para vocês. Obrigado novamente por este aprendizado. Ganhei o dia já pelos ensinamentos que vocês trouxeram aqui. Muito orgulhoso por você, Néia. Muito orgulho por você, João.
Néia – O João Pedro aqui no Bolshoi também descobriu um outro talento. Fazer poesias com a professora Bernadete. Ele faz uma mais linda que a outra.
Dalbosco – Sabe alguma de cor, João? Vai voltar para falar para mim, combinado?
Néia – Assim, Bolshoi não é só a dança, que é tudo, é ainda a cultura.
Dalbosco – Não tem como desacoplar dança de música, de arte, de cultura, de história. De processo, de métodos, de criatividade…
Néia – Isso, é completo.
Por que é importante buscar referência no processo de desenvolvimento pessoal e profissional?
Quando você tem uma pessoa a quem possa se espelhar, tudo fica mais fácil. Alguém que já tem vivência. É importante buscar referência em qualquer ramo de atividade que você vá trabalhar. Orientação de uma pessoa mais experiente, seja um mentor(a) pessoal ou profissional, também pode ajudar muito para alcançar o sucesso.
Todos nós temos uma marca pessoal, seja com amigos, familiares, clientes, no nosso dia a dia. Alguns desconhecem o potencial de si mesmos e não buscam aperfeiçoamento, muito menos se importam com o fortalecimento da sua imagem. Quem já buscou orientação sobre como posicionar sua marca pessoal, sabe das inúmeras oportunidades que se abrem na carreira. As mentorias estão aí para ajudar aqueles profissionais que querem algo a mais, querem se destacar dentre os demais, no seu ramo de negócio.
Busque ser um profissional de sucesso. Um profissional que vai além das expectativas de quem está a sua volta e que talvez não acredita em você. Crie uma série de ações que lhe ajudarão a ser referência no seu segmento e ter autoridade moral perante seu público-alvo. Seguir bons exemplos é um começo, mas seja dedicado e focado na busca da sua autenticidade em função de estratégias de construção de marca pessoal.
O João tem a Néia como inspiração diária e encontra na escola Bolshoi valores fundamentais para marcas sustentáveis:
- Excelência;
- Tradição com capacidade de se reinventar;
- Respeito às diferenças e aos talentos;
- Humildade;
- Transparência;
- Comprometimento com a sustentabilidade do negócio.
E para você, quem lhe inspira em sua jornada diária?
Além de poder contribuir com a carreira e marca pessoal de diversos conselheiros e executivos, também sou influencer do Bolshoi Brasil, o único local fora da Rússia em que há uma escola de excelência auxiliando no crescimento da marca e na formação dos alunos e profissionais que fazem parte dela.
Você também pode auxiliar e fazer parte do desenvolvimento de tantas crianças e jovens que o Bolshoi forma. Clique aqui para ser um Amigo do Bolshoi.
O voluntariado ao auxílio de carreira de diversos profissionais como esses também faz parte da minha marca pessoal. Se você apoia esse movimento, comente sobre ações que buscam construirmos uma sociedade mais justa por meio da construção e fortalecimento de marcas cativantes e inspiradoras.