

Dos 7,85 bilhões de pessoas no mundo, 4,7 bilhões estão presentes no meio digital segundo o último estudo feito pela Hootsuite, deixando cada vez mais claro que é necessário ter estratégias eficazes para que o seu negócio e sua marca pessoal tenham mais visibilidade nas redes sociais e sejam referência para atrair mais seguidores e clientes. Só que visibilidade por si só não resolve se você não passar segurança: começa-se então um processo de criação de autoridade moral em virtude da notoriedade e reputação conquistada.
Veja abaixo o percentual de acesso à internet pelo mundo:
Percentual do acesso à internet por região no mundo – Fonte: Hootsuite
Seja por computador, celular ou tablet, o acesso as redes sociais tornou-se uma ação rotineira e virando até mesmo um vício em alguns casos. Atualmente, 6 em cada 10 pessoas acessam a internet por meio desses três dispositivos.
Não ter um perfil ou não estar presente de maneira frequente pode fazer com que as pessoas se sintam isoladas do mundo e/ou dos assuntos do ciclo de amizades. Conheço muita gente que acabou criando uma conta no Instagram, Facebook, TikTok, entre outros, apenas porque sentiu-se na obrigação de estar dentro da “moda”, aumentando o número de usuários e fazendo com que o Brasil esteja entre os cinco países que mais possuem usuários novos por dia nas redes sociais. Hoje, a cada segundo, a rede ganha 10 novos usuários.
Será que é preciso ter 1 milhão de seguidores para ser referência?
Essa é uma dúvida e até mesmo um obstáculo que faz com que muitos profissionais deixem de criar conteúdos nas redes sociais. Ainda há o pensamento de que para ter sucesso e ser referência no mercado é preciso ter um perfil com 1 milhão de seguidores ou mais. Se isso fosse verdade, não teríamos hoje milhares de nano e micro influenciadores na internet, não acha?
Novos perfis são criados diariamente nas redes sociais fazendo com que o número de usuários ativos aumente constantemente. O Instagram, por exemplo, conta com 1,16 bilhão de usuários ativos todo mês e é a segunda rede social mais ativa mensalmente.
Redes Sociais com mais usuários ativos mensais – Fonte: B-Young
Em termos de engajamento, o Instagram passa a ser o primeiro da lista e isso acaba gerando nas pessoas o pensamento de que é fácil engajar por lá. Não é, mas também você não precisa ter 1 milhão de seguidores para conseguir isso. O que é preciso é que tenha conteúdo de qualidade e estratégias para poder compartilhar de maneira eficaz.
Se ter 1 milhão de seguidores fosse pré-requisito para uma pessoa ter sucesso na rede, não teríamos os diversos micro e nano influenciadores hoje em dia. No meu artigo sobre estratégias sobre as 10 tendências de marketing para 2021, citei alguns dos meus mentorados que hoje são nano influenciadores nas redes sociais. Ou seja, possuem um público cativo, fiel, e que os acompanha diariamente no compartilhamento de conteúdo. Vou colocar a lista aqui baixo para você compreender que é possível:
- Andryely Pedroso, nutricionista eleita LinkedIn Top Voice em 2020, referência por dar dicas de alimentação e aumento de qualidade de vida;
- Rodrigo Casado, referência em liderança;
- Victor Aguiar, referência em mentoring de carreira e hipnoterapia;
- Rodrigo Barreto, referência em atitudes para aumento de produtividade;
- Tiago Martins, diretor executivo da BRA Certificadora e especialista em certificação e gestão de risco;
- Claudemir Oliveira, especialista em método Disney de atendimento a clientes;
- Camila Pastro, referência em consultoria de imagem;
- Omar Ghanem, superintendente da Dasa e especialista em atendimento ao cliente;
- Rosane Sampaio, professora universitária internacional, mentora de fonoaudiólogos(as) e especialista em disfagia;
- Marcos Leandro Pereira, especialista em criação de conselhos de Administração e sucessão familiar;
- Mauro Periquito, Head de TI na Suez em Dubai e especialista em transformação digital;
- Cris Dorini, especialista em consultoria de imagem corporativa e mentora de consultores de imagem;
- Camila Manga, referência em terapia floral;
- Padre Anderson Pitz, referência em conteúdos relacionados a espiritualidade;
- Rafael Bittencourt, referência em tecnologias para gestão de processos;
- Rodrigo Portes, referência em Indústria 4.0;
- Luana Ferrari, especialista em terapia ayurveda;
- Fabiane Zimmermann, fonoaudióloga referência em teste da orelhinha;
- Bárbara Jung, referência no mundo da moda e varejo, e Buyer na Zara Man Espanha;
- Bianca Gastaldi, médica dermatologista especialista em medicina estética;
- Simone Holz, referência na Irlanda em hábitos e rotinas saudáveis;
- Cris Zanata, referência e mentora de mulheres líderes e alteristas na Espanha;
- Fabiolla de Paula, referência na comunicação e consultoria de imagem;
- Adrian Schner, cirurgião torácico especialista em robótica;
- Bruno Miranda, médico referência em tratamento de dor;
- Jefferson Nesello, referência em assuntos ligados a M&A e mentor de negócios e startups;
- Diego Cordeiro, referência na gestão operacional da Bodytech Iguatemi SP e em formação de equipes;
- Celia Campos, diretora financeira do Instituto Bolshoi no Brasil e referência em gestão no terceiro setor;
- Alexandre Marciano, referência no Jiu-Jitsu, na formação de professores com mais de 20 unidades no Brasil e em processo de internacionalização.
Falando em referência, outra pessoa que tem um engajamento muito grande no Instagram e mais de 120 mil seguidores na rede é a Dani Almeida, jornalista, digital influencer e mentora de mulheres. A trajetória dela é longa, já trabalhou em grandes empresas de comunicação e atuou em vários veículos da mídia nacional. Para saber mais sobre a trajetória dela e compartilhar para você dicas e vivências que tivemos, ela e eu conversamos em um episódio do meu podcast, o Dalbosco Cast, disponível no Spotify e iTunes.
Dalbosco: Dani Almeida, agora atuando fortemente nas redes sociais você encontrou seu propósito de vida?
Dani Almeida: Completamente! A gente começa com o foco em pagar os boletos, mas, no meio do caminho, a gente encontra nosso propósito. Vem um aluno ou aluna e diz que, com seu conteúdo saiu da depressão e conseguiu trabalhar com o filho em casa e aí você fala: “É muito maior do que eu imaginava”. E isso acontece para muita gente.
Dalbosco: Neste mundo virtual, não bater ponto é outra vida?
Dani Almeida: Às vezes você tem 1.000 seguidores no Instagram e 500 pessoas que lhe acompanham e não temos a noção de como nós mudamos a vida de uma pessoa ou o negócio de alguém. Então, a gente não tem noção do poder da influência e das redes sociais.
Dalbosco: Recentemente, no meu LinkedIn, eu escrevi um artigo, escrito a quatro mãos, que falava bem a sua declaração: “No começo, meu propósito era pagar o boleto na segunda-feira e, às vezes, as pessoas falam de propósito de uma maneira poética nas redes sociais e parece que tem que transformar o mundo”. O propósito não precisa ter esta carga de ser esta coisa transcendental, mas acredito que muda com o tempo.
Dani Almeida: A gente esquece que para você transformar o mundo precisa começar a fazer a lição ali, para quem está do seu lado. Então, acredito muito no que você falou. Porque o propósito pode ser pagar o boleto, não tem nenhum problema. O propósito não precisa ter esta carga de ser esta coisa transcendental, mas acredito que muda com o tempo. Acredito muito forte nisso. Outro dia, eu estava vendo o Movimento Segundona. Parar com este movimento de Sextou. Quando você tem paixão pelo que você faz, você acorda e você não tem aquilo, que saco, domingo. Então acredito que é isso aí.
Eu tenho um livro, que é bem engraçado, já dei inclusive para algumas pessoas que ficaram bravas comigo, como título: “Até que Enfim é Segunda”. Muito bacana e inclusive nos ensina técnicas de liderança e de como envolver um time. Tipo qual é a reunião que você tem que fazer na sexta-feira e qual o tipo de reunião que você precisa fazer na segunda-feira. E qual o engajamento que você precisa fazer? E se você não faz isso, a equipe vai se dispersando na segunda-feira e não tem um plano de metas para a semana e aí a gente faz uma vez por mês, mas a gente precisa de algumas ações para convergir.
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Dalbosco: Sou um devorador de podcast e a televisão não me fez falta nenhuma. Se eu quiser saber de notícias, eu abro o Yahoo ou abro o Facebook e lá está a sua tia para anunciar que país tal atacou o outro país, já julgando.
Dani Almeida: Isso que você está falando é importante, porque o influenciador, cada vez mais, aí estou falando do criador de conteúdo, é influenciador do seu próprio negócio. Porque somos nós que empreendemos e que temos a imagem e a humanização da logo. Cada vez mais a gente é mídia, porque a gente gera tráfego. É só a gente pegar, por exemplo, quem tem grandes audiências, audiências enormes. Por que a Globo está se aliando a influenciadores digitais? Porque os influenciadores são uma nova mídia. Cada um na sua plataforma. Então, isso que você falou é muito louco, é disruptivo. Porque nós somos uma mídia. Cada um. Cada vez mais o conteúdo, o micro, não tem mais aquela coisa. Existem aqueles grandes movimentos, e o nicho está cada vez mais poderoso. Não é mais uma tribo, são várias tribos e se você quiser fazer parte de uma tribo, quando você se encaixa, não interessa se a pessoa tem quantos mil seguidores ou assinantes no canal. A pessoa vai entrar na sua plataforma, no seu streaming e vai consumir o seu conteúdo. Por isso, acredito que cada vez mais nós somos mídia.
Dalbosco: Dani, você já formou mais de 4.500 alunos. Explique um pouco dessa jornada vitoriosa. Quando tudo começou?
Dani Almeida: Eu trabalhei muitos anos em comunicação, principalmente em agência de comunicação e, com isso, aprendi os bastidores da notícia e de como colocar um executivo em grandes programas da mídia, como Fantástico e Revista Veja. Esse conhecimento em comunicação depois acabou se transformando e eu fui para o outro lado do balcão: cobrir campanha eleitoral.
Dalbosco: Quem trabalha com marketing e tiver a oportunidade, não deixe de, na sua carreira, trabalhar com marketing político. É mesmo um mundo à parte?
Dani Almeida: Depois de 20 anos de profissão, cobria três candidatos em um dia: manhã, tarde e noite. Era desesperador. Neste outro lado do balcão, também fui fazer reportagem, fui editora. Na editora Abril, criava revista do zero para empresas e comecei a voltar para a comunicação, e com tudo isso, quando eu engravidei, aquela coisa que você fala de repensar a vida e eu: “Meu Deus, eu fui empreender”. O que eu vou fazer? Eu fui ter uma loja de varejo de roupas. Nada a ver comigo, com minha vida. Mas foi uma baita experiência porque o varejo é uma escola.
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Dalbosco: Em que ano isso aconteceu, Dani?
Dani Almeida: Era 2013. No varejo comecei a voltar para a comunicação sem perceber. Comecei a fazer todas as redes sociais da loja porque queria atrair clientes e a gente queria fazer algo diferente. Aí as redes sociais “bombaram” e eu fiz delas a minha estratégia. Na verdade, postava roupas da loja para vender. Fui estudar imagem que, nada mais é, do que comunicação. Mas morria de vergonha de postar fotos minhas, no espelho, etc. Não tinha aquela verba para contratar modelo. Comecei a construir uma revista eletrônica e levar o conteúdo de comunicação, de imagem pessoal, a receber convites das empresas do bairro para atuar na rede socia, a fazer consultoria e a montar um canal do YouTube do zero para profissional liberal, psicóloga, coach de emagrecimento e então eu percebi que aquilo era business.
Veja essa conversa que tive com o Edu Giansante, fundador da Edublin, sobre o processo de construção de marca pessoal e ganho de visibilidade:
Dalbosco: Mentoria traz mentoria. É isso mesmo?
Dani Almeida: Eu falei: é isso que eu amo fazer e me encontrei. Minha paixão realmente é a comunicação. E por meio desta comunicação, levar sua voz, seu talento e se destacar. Porque não sei se já aconteceu com você, mas é muito engraçado. Mesmo que já tenha feito canal de profissionais liberais, por exemplo, no YouTube, eu já deixei de contratar um profissional liberal porque não tinha vídeo. E outro eu estava entre dois nomes. Um eu não tinha nenhuma informação e outro eu achei um vídeo na internet. Contratei o que eu achei o vídeo no YouTube.
Uma prova social muito grande é um gatilho mental tão forte para gente, como prova social que você nem percebe, mesmo quem tem a técnica da comunicação que sabe que aquilo tem um propósito por trás. Então percebi que era minha paixão. Como você atinge mais gente? Comecei a “empacotar” meu método em cursos online.
Dalbosco: Qual a importância hoje de estar nas redes sociais?
Dani Almeida: Não tem como fugir! É como se você não existisse hoje não estar na rede social praticamente. Então, acho que cada vez mais a rede social vai ser forte. Você vai ao médico e o que você faz? Dá aquela “stalkeadinha”.
Gravação do episódio do Dalbosco Cast – Fonte: Acervo Ricardo Dalbosco
Dalbosco: No ano passado, em Angola, na África, onde eu morei por 3 anos, mas voltei agora para fazer um trabalho de consultoria, um dos colegas perguntou para outro: “qual é o seu Facebook”? Aí um dos profissionais, que era português, falou assim: “eu não tenho Facebook”. O outro respondeu: “Então, você não existe para o mundo”. Forte, não é?
Dani Almeida: Não importa se você é executivo de uma empresa ou se você quer investir na sua carreira, você tem que ter rede social. É muito importante. LinkedIn, que é o seu tópico, por exemplo. Eu digo mais. Não é só o Facebook que você não existe. As redes sociais mudam e eu aposto muito em você estar presente em várias redes.
Dalbosco: E a estratégia de cross media? Muita gente não aprendeu isso e às vezes fica “depositando os ovos” tudo em um cesto só. Qual o risco que eu sempre digo: cuidado para não construir casa em terreno alugado apenas. Ou seja, bota todos seus ovos e, de repente, corta a conta e não consegue recuperar e foi invadido, pode acontecer muita coisa.
Dani Almeida: Tem outro fato também que as pessoas gostam de consumir conteúdo de maneira diferente, em momentos diferentes. Por que a gente está tão forte com esta coisa do podcast? Porque as pessoas estão cada vez mais sem tempo. Estamos na era da informação.
A gente é bombardeado por informações o tempo todo, por SMS, por WhatsApp, por Telegram, por Instagram, no Facebook. Tudo é informação! É uma batalha pela atenção da sua audiência. Cada cérebro prefere consumir de um jeito, isso é neurociência. Se eu sou mais visual, se eu gosto mais de vídeo, gosto mais de ler ou de ouvir, estou perdendo a chance de conectar com minha audiência de maneiras diferentes. A gente tem esta questão da segurança do negócio de você estar e precisar em algumas mídias. Aí eu já lhe falo da zona de engajamento para cada caso. Então, tem a questão do consumo de conteúdo.
Agora você me falar: “Dani, socorro, assim eu vou precisar de uma equipe, como vou estar no Instagram, no YouTube, no Podcast”. Tem alguns truques, alguns macetes. O primeiro macete é você reempacotar conteúdo, que você faz muito bem. O segundo macete é você montar uma zona de engajamento para o seu caso, para o seu objetivo. O problema é que muita gente, mas muita gente, eu diria que 90% das pessoas usa rede social sem uma estratégia por trás.
Dalbosco: Reempacotamento de conteúdo e o que isso significa?
Dani Almeida: Por exemplo, vou fazer um vídeo para o meu YouTube e se eu retirar o som, vira um podcast. Eu vou fazer um post no meu Instagram que “deu um barulho”, faço um texto mais aprofundado para o meu LinkedIn ou para o meu blog. É basicamente você conseguir abordar, fatiar e empacotar conteúdo. Qual é o grande lance? Por exemplo, as pessoas falam: YouTube então eu preciso ter milhares de views, milhares de assinantes. Por exemplo, para o influenciador do próprio negócio não.
Eu já comprei uma cama, por exemplo, porque vi o vídeo no YouTube. Então, o vídeo, para quem é influenciador do próprio negócio, cria uma autoridade muito forte que é neurociência. Quem é que estava no vídeo até poucos anos atrás? Celebridades, jornalistas, então automaticamente o vídeo lhe confere uma autoridade muito forte.
A segunda questão é que gera um valor brutal para sua concorrência. Nosso cérebro foi feito para consumir conteúdo em imagem e som. Não foi feito para ler. Graças a Deus, eu amo escrever, mas foi uma invenção da humanidade. Então, o nosso cérebro se esforça um pouco mais, por isso que tem até um dado de neurociência de que um vídeo conecta até 60 mil vezes mais do que um texto. Gera uma conexão e consegue fazer sua audiência absorver melhor a mensagem e, além disso, é o “gol”. Você está lá, joga sei lá quantos minutos, é o gol, é o ponto final para sua audiência muitas vezes falar: “vou comprar este produto ou vou comprar para esta pessoa”. Eu publiquei no meu LinkedIn a respeito do crescimento que os anúncios em vídeos terão no mundo até 2023. É um negócio absurdo! Sabe que o Story é uma oportunidade que a gente não aproveita para anúncio. Ainda é um anúncio barato, é um anúncio que conecta muito e sabe no que eu acredito. E a venda está ali.
Dalbosco: Recentemente, um amigo me perguntou e ele tem uma mega agência de viagem e está começando a explorar o Instagram somente agora: Dalbosco, o que você acha dos stories?
Dani Almeida: Eu vendo muito por stories, no orgânico, sem anúncio. E ainda é um anúncio barato no Instagram. O que acontece é que as plataformas mudam. Antes, se você subisse um stories no horário de pico de uso do Instagram, ali na manhã, no almoço, à noite. Porque cada audiência opera de uma maneira. Se a sua audiência é fitness, muito provavelmente ela vai estar lá na academia de manhã cedo, olhando e checando o Instagram. Se a sua audiência é mais de empreendedor ou materna, na frente da tevê, vendo jornal, vendo novela e olhando e navegando no celular. Mas existem alguns horários que são naturais, quando as pessoas conseguem interagir com o celular: almoço ou uma refeição. Antes, se você postasse nos stories neste horário, maravilha! Agora, a competição está cada vez maior. O que acontece? Se a gente pegar Instagram e Facebook, são espaços infinitos. Tem um espaço ali. Quanto mais gente entra, maior a concorrência. No YouTube já é diferente, porque é um buscador por natureza. E ainda por cima é o segundo buscador que é filho e filhote da empresa que é o maior buscador do mundo. O Google tem todo interesse em acelerar o YouTube e em dar mais resultados.
Dalbosco: O SEO ainda também impacta no YouTube?
Dani Almeida: Olha que louco, seu Instagram e seu Facebook é aquela maratona. O meu YouTube está há dois meses parado. Uma vergonha. É porque eu não estou conseguindo dar conta de subir porque estava com curso novo, por exemplo. Ele não para de subir. Porque é um buscador.
Gravação do episódio do Dalbosco Cast com Dani Almeida – Fonte: Acervo Ricardo Dalbosco
Dalbosco: Olha só o que a Dani está falando: com cento e poucos mil seguidores, a Dani praticamente não atualiza há dois meses e o negócio continua crescendo, porque já indexou, porque o assunto é bom, as pessoas recomendam.
Dani Almeida: E o que acontece muito, por exemplo, um vídeo demora meses e alguém faz um vídeo, já aconteceu isso comigo, com a mesma temática e o vídeo aparece como recomendação, bombou e dispara do nada. Não é o mais comum de acontecer, mas acontece. Assim, não dá para você ficar refém de Instagram ou de Facebook, ou de um blog ou de LinkedIn. Tem que ter um pezinho ali. Por exemplo, Tik Tok, não tem jeito. Tik Tok vai e se estabelece ali como uma rede importante. Quem não começar a trabalhar agora, vai ficar mais difícil depois. Ah, putz, é um público muito infantil, muito adolescente e eu não tenho paciência. Realmente, tem muita questão de engajamento lá dentro e tem algumas coisas que o público adulto não tem paciência. O que eu recomendo. Encontre sua voz. Você não precisa copiar o que está lá.
Dalbosco: As pessoas relacionam-se s[o com seguidores. Muitas vezes você não precisa ter um post, que é chamado de “métrica de vaidade”. Você não precisa ter um post com mil curtidas no LinkedIn. São mil que geraram zero negócio.
Dani Almeida: A curtida ou comentário é importante por questão de engajamento e se aparecer para a audiência. Na verdade, a curtida e o comentário não são o que mais gera engajamento. O que mais gera engajamento, é o Salvar. Então, cada vez mais as pessoas inclusive têm trabalhado mais o Salvar o Post. Mas o que acontece? Isso que você falou: você não precisa de milhares de curtidas. A gente conhece influenciadores com milhões de seguidores e milhares de curtidas que não têm engajamento e não convertem muitas vezes.
Eu tenho alunas que, com 500 seguidores, vendem ensaio fotográfico. Por quê? Porque começou a aparecer nos stories. É mágico. Não importa o tamanho da sua audiência, você consegue rentabilizar com ela. Agora, o que acontece? O bolso é aquele, né! Você tem que crescer sua audiência. O Instagram hoje para crescer você tem que ter uma estratégia de distribuição de conteúdo, ou seja, anúncio. Não tem mais como crescer orgânico.
Dalbosco: Lembro que o Facebook, seis anos atrás, organicamente chegava a 10, 11%. Hoje não chega a 1%. Então, realmente é “botar dinheiro”.
A maior parte das pessoas começa a querer postar para vender mas sem ter uma estratégia de conteúdo, sem ter o que chamamos muito, no LinkedIn, de linha mestra para poder desenvolver e aí sim construir sua marca empresarial, sua marca pessoal, em prol daquele objetivo. Sem posicionamento e sem se focar naquela persona, o seu público-alvo.
Dani Almeida: Qual é o grande lance? Bom, eu amo conteúdo. Sou conteudista, jornalista. O conteúdo serve como ferramenta para apoiar seu posicionamento e a lhe ajudar a fazer crescer o seu posicionamento. Ele serve para lhe ajudar a gerar valor para a audiência, para conectar e para rentabilizar, para atrair rentabilização. As pessoas confundem, isso é importante para a gente esclarecer aqui. Uma comunicação estratégica não significa você não ser quem você não é nas redes sociais. Não significa criar um personagem. Não é porque você vai ter um planejamento de conteúdo, porque você vai ter uma comunicação pensada como estratégica por trás, que você precisa perder a sua essência. Muito pelo contrário. Não é botar uma máscara. O melhor planejamento de conteúdo, a melhor estratégia de comunicação é aquela que vai fazer e vai tirar sua essência e vai ampliar para o mundo. Isso é uma boa comunicação, uma comunicação estratégica. Então, o conteúdo, se você não tem um planejamento de conteúdo ou você não sabe pelo menos os pilares dos temas que você vai falar, e que vão lhe apoiar nesta coisa do rentabilizado, posicionamento, etc. Acabou! Você está rasgando seu dinheiro e seu tempo. Porque tempo é dinheiro. As pessoas têm a ilusão da rede social é aquela coisa, igual site de antigamente. “Ah, meu sobrinho faz!” Sabe aquela coisa que qualquer um faz.
As pessoas à nossa volta podem prejudicar nosso crescimento nas redes sociais?
Dalbosco: Esse é um dos maiores fatores para desanimar. Eu passei por isso nas minhas redes sociais. Quando é mentoria, geralmente, a pessoa fala: “Na primeira sessão, eu posso vir com a minha esposa ou dá para eu vir com meu marido?” Eu respondo: “Pode, mas eu não recomendo”. Se uma pessoa não se solta, porque quando eu digo que você é o mentor da pessoa, você muitas vezes sabe mais da pessoa do que o próprio cônjuge. E você entra muito nas fragilidades e é quase como fazer uma análise swot ali. E ela não quer se expor para o cônjuge, então tem várias limitações que muitas vezes negligenciam a outra pessoa, quem desmotiva está dentro de casa. Já aconteceu contigo, Dani?
Dani Almeida: Já aconteceu comigo e era uma barreira no começo. Eu lembro que estava em casa, às 11 horas da noite: “Você é louca, vai abrir o laptop agora. Trabalhou o dia inteiro, quase não viu sua filha.” Mas eu vi um potencial muito grande e gosto de contar esta história para as pessoas para elas verem que é possível. Que é possível quando você enxerga o que tem ali, quando você acredita, quando sua visão não está a curto prazo, está ali onde você quer chegar, é possível! Sabe o que é mais louco? Quando os resultados começam a chegar, as pessoas começam a mudar este discurso. Tipo: “Olha, puxa! Você tem que fazer stories, tudo bem!”
Dalbosco: Quando começa a ver o dinheiro chegando em casa…
Dani Almeida: Não é só dinheiro. Quando começa a ver que a audiência está crescendo, que tem reconhecimento, enfim.
Dalbosco: Não sei se já aconteceu contigo, mas pode ter como problema a situação inversa, com um mentorado ou uma mentorada na verdade. Ela começou a se destacar e o marido, extremamente machista, não gostou do sucesso repentino da pessoa e aí começou cada vez mais tentar “algemar”, no modo figurado é claro, e cortar as asas da outra pessoa e realmente fazer ações para podar mesmo. Muitas vezes tem que estar preparado para esta briga.
Dani Almeida: Sim, tem que estar preparado e tem que preparar muito o relacionamento, não só o relacionamento afetivo mas a família mesmo.
Dalbosco: Eu falo para alguns monitorados: “Você é um elefante algemado”. A hora que a gente conseguir cortar a algema e a algema muitas vezes pode ser uma limitação de criança.
Dani Almeida: 90% das pessoas vem para mentoria com alguma questão emocional. E você tem que ter um preparo muito grande para dar aquele apoio emocional, pelo menos sinalizar. Lógico que a gente não consegue fazer um trabalho emocional profundo com a pessoa na mentoria, mas só de você apontar com jeitinho a pessoa toma consciência.
Eu vejo muito a insegurança: Será que meu conteúdo, será que eu tenho conhecimento suficiente e eu sempre falo o seguinte: “Você não precisa estar aqui. Se você está aqui, sempre vai ter alguém aqui que você consegue levar para o seu patamar”. Existe esta crença de que: será que meu conteúdo é bom o suficiente? Ah, eu não posso aparecer… A gente não tem uma cultura. Você vai para os Estados Unidos, a criança é treinada desde cedo. A criança está vendendo suco de limão. Os pais chegam e perguntam como foi na escola, já para treinar o discurso, a oratória. A gente no Brasil tem muito aquela cultura do “ficar quietinho, do não aparecer”. Se está aparecendo é ruim. Se está aparecendo demais, fez alguma coisa de errado. Se está tendo muito resultado, está ganhando dinheiro.”
Então, tem uma série de crenças culturais que graças a Deus a gente está conseguindo dominar e enxergando as redes sociais como uma ferramenta poderosa de comunicação. Antes, você tinha que gastar milhões para aparecer. Hoje você precisa de uma câmera, um celular e uma conta no YouTube. Para você aparecer na Globo, lembro que eu ficava seis meses trabalhando para uma empresa gigante, multinacional, para colocar um executivo no programa de relevância. Hoje em dia, começa a aparecer no YouTube e de repente você está aparecendo na mídia tradicional.
Dalbosco: Seria então um convite orgânico?
Dani Almeida: Exatamente. É muito mais barato, é muito mais democrático, prático e tem dado voz a tanta gente, tantos profissionais incríveis. Então é uma ferramenta de comunicação fortíssima. As pessoas estão encarando desse jeito. Estamos conseguindo desmistificar todo mundo no mercado e eu espero que as pessoas consigam resignificar isso de vez, porque veja a chance que você está perdendo.
Dalbosco: Quantos stories, hoje em dia, você faz por dia, mais ou menos?
Dani Almeida: Depende do dia, porque às vezes você faz Detox. Stories a gente tem que tentar fazer o máximo possível e aparecer e gerar um conteúdo ali.
Dalbosco: Como as pessoas podem encontrar a Dani Almeida?
Dani Almeida: Quem quiser me seguir, pode acessar o Instagram: @DaniAlmeida. No blog www.opoderdaimagem.com.br tem uma página com todos os cursos. O curso mais novo, mais avançado, é o “Influencie e Fature”. As pessoas estão amando e está dando muito resultado.
O poder da criação de conteúdo
Diversos pontos que a Dani e eu abordamos neste episódio do meu podcast são pontos-chave para que a você construa e fortaleça sua marca pessoal no mercado, para então começar a ter visibilidade sem precisar ter 1 milhão de seguidores. Mas antes, a maioria das pessoas precisa lidar com medos e obstáculos que travam a produção de conteúdo.
Falei sobre essa questão em outro artigo feito em conjunto com o Dr. Victor Aguiar, doutor em Psicologia da Educação, especialista em hipnoterapia e mentor de carreiras, no qual explicamos o porquê tanta gente tem medo de postar conteúdo nas redes sociais.
Clique aqui para ler o conteúdo
Quando você compreende que a sua construção e fortalecimento de marca pessoal vai muito além do número de curtidas e seguidores, e que é necessário de uma boa estratégia e formação de conteúdo, você consegue alcançar a visibilidade e sucesso que deseja ter. Veja o depoimento do meu mentorado Rodrigo Casado, atual CEO da Localfrio, sobre essa mudança de percepção sobre o poder da produção de conteúdo:
Lembre-se, se não houver dedicação, disciplina e não estiver disposto(a) a compartilhar o seu conhecimento com as pessoas, seja no mundo online ou offline, a sua trajetória para criar um posicionamento e ter seu nome como referência no mercado será bem mais lenta e tende a ter poucos resultados. Pense no que você realmente quer e o quanto está disposto para isso.
Olhando para o seu contexto, possui alguém como referência e que seja um micro ou nano influenciador?