

Um dos pilares mais importantes, no processo de posicionamento de marca pessoal, é a produção das suas trilhas (também chamadas de séries) de conteúdo. Neste artigo, compartilharei dicas práticas para que você entenda como explorar a trilha de conteúdo para fortalecer a sua marca pessoal. O conteúdo do artigo faz parte da minha recente obra lançada com a Andryely Pedroso, LinkedIn Top Voice: Personal Branding para profissionais da saúde.
Vou conduzir um exercício rápido aqui. Você se lembra de alguma pessoa que começou a seguir com grande expectativa em alguma rede social: TikTok, Facebook, Instagram, YouTube, Twitter, LinkedIn, podcast no Spotify. mas depois de duas semanas não aguentava mais acompanhá-la porque os conteúdos eram repetitivos e exaustivos? Ou então porque a pessoa não buscava agregar valor por meio de conteúdos relevantes e ainda tentava empurrar venda a todo instante?
Como exemplo, cito aqueles profissionais da Nutrição cujo eixo de assunto fica restrito a estratégias nutricionais da moda e suplementos, perdendo a oportunidade de serem identificados como profissionais que conseguem abordar diversos assuntos com propriedade dentro de uma linha-mestra sobre o seu ramo de atuação. São profissionais que acabam externando a incapacidade ou falta de estratégia de conteúdos e assim atraindo também clientes limitados.
Gosto de fazer uma analogia e dizer que trilha de conteúdo é como o cardápio de redes de fast food. No McDonald’s, apenas como exemplo ilustrativo:
- Segunda-feira: dia de preço especial do Triplo Cheeseburger;
- Terça-feira: McChicken;
- Quarta-feira: Big Mac;
- Quinta-feira: Cheddar McMelt;
- Sexta-feira: Quarterão;
- Sábado: Duplo Barbecue.
O que isso significa? Que a rede de fast food tem um cardápio completo ao estilo do que se propõe a fazer de melhor, mas cada dia da semana tem um prato principal, que está em destaque ou na promoção. Você pode aplicar esse exemplo e organização aos seus conteúdos, dividindo os temas entre os dias da semana.
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Percebe que, mesmo no fim da semana, variando tipos diferentes de pratos, continua sendo fast food, continua sendo McDonald’s. Da mesma forma será a sua série de conteúdos: ao final da semana, seu core business (seu negócio principal) foi respeitado e começa a ser visto como uma marca mais completa circulando os vários eixos da sua atuação e ativando diferentes públicos diretos e indiretos do seu objetivo. Isso significa que, nem sempre, você precisa comunicar para todos.
As vantagens da trilha de conteúdo
As redes sociais estão constantemente alterando e aperfeiçoando seus algoritmos, em busca de entender o comportamento dos usuários e exibir aqueles conteúdos que mantêm as pessoas por maior tempo engajadas, assim como anúncios mais adequados a cada interesse. Algumas delas, como o Facebook (atual Meta) e o Instagram, adotaram como estratégia a monetização da plataforma, o que fez diminuir de maneira significativa o alcance orgânico de muitas publicações. São redes as quais, se você não patrocina as postagens, geralmente acaba alcançando apenas as pessoas mais próximas e ainda uma mínima parte. Costumo brincar que, nesse caso, apenas a sogra, alguns amigos e o papagaio do vizinho veem suas publicações. Ou seja, em geral quem não trará dinheiro a você.
Por que então as pessoas continuam postando nas redes sociais de forma orgânica? Normalmente, por um dos motivos a seguir:
- Por desconhecimento: acabam não analisando os dados nem verificando esforço x retorno. Portanto, nesta obra nosso papel é alertar você para que aumente sua base de conhecimento;
- Por vaidade: como as curtidas comumente são oriundas da base próxima de amigos que acabam por comentar suas viagens, trabalhos…muitos perfis se enganam considerando que isso é engajamento (pode até ser, mas qual o retorno?).
Outra grande vantagem em elaborar uma trilha de conteúdo é a organização. Você consegue definir os assuntos que serão abordados em cada dia da semana, o que também o ajuda a poupar tempo de produção.
Para nutricionistas, por exemplo, a trilha de conteúdos pode ser baseada em publicações motivacionais na segunda-feira, nutrição comportamental na terça-feira, suplementos alimentares na quarta, e assim por diante…se fizerem parte da estratégia de conexão com o seu público-alvo.
Quando iniciei a mentoria em marca pessoal com a Andryely, ela desconfiava sobre o potencial do LinkedIn como oceano azul para a sua marca pessoal. Veja o resultado na entrevista que gravamos:
Esse método vai aumentar ainda inclusive a sua segurança na programação dos conteúdos e você terá um norte sobre os assuntos que deve buscar como referência. Isso chamo de foco e diminuição de ruídos. Se amanhã é a série X, então esqueça a Y e a Z. Facilidade de concentração, uma habilidade característica de muitas marcas pessoais de sucesso que mentorei pelos quatro cantos do mundo, ajudará você na definição do que publicar e otimizará tempo. A Andryely, por exemplo, faz toda a sua programação semanal em pastas.
“Criei sete pastas na galeria do smartphone com os assuntos que abordo em cada dia da semana. Assim, consigo organizar as inspirações e insights que me ajudam a explorar os assuntos definidos quando elaboro minha trilha de conteúdo para atingir meu público-alvo.” (Andryely Pedroso)
Outra vantagem é que você não correrá o risco de ser repetitivo, no exemplo que citei no início do capítulo. Não será aquele profissional entediante que aborda apenas determinados assuntos batidos sem guiar o seu cliente na evolução para maior maturidade de um tema de interesse. Talvez então você pense: “No capítulo anterior você disse que eu deveria escolher apenas um nicho de mercado, em vez de atirar para todos os lados, e agora diz que é preciso diversificar o conteúdo. Isso não seria atirar para todos os lados?”.
Os assuntos que você vai abordar devem estar no seu eixo de atuação, ou no que projeta atuar, e em sintonia com o perfil do público-alvo que deseja atingir. Dessa forma, você conseguirá sustentar uma produção de conteúdo de maneira mais abrangente, completa e diversificada…mas sem sair da sua linha-mestra. Com isso, a tendência é que seja visto como um profissional com maior amplitude de domínio mas dentro de uma autoridade moral.
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Com a sequência de conteúdos alternados em subtemas, você consegue alcançar os seus públicos-alvo (você não precisa ter um apenas, mesmo porque comunicará para perfis direta e indiretamente), já que cada tipo de conteúdo pode atender às necessidades de diferentes perfis de pessoas que se encaixam nas características do seu foco. Para isso, tenha o hábito frequente de se questionar sobre as possíveis dores dos clientes e adaptar seus conteúdos à medida que eles evoluem também em consciência sobre os temas que você aborda:
- O que deixa os clientes confortáveis?
- Do que precisam?
- O que os tornará melhores?
- O que está impedindo meus clientes de evoluir em sua saúde?
- Os clientes estão percebendo a causa-raiz do problema para mudanças profundas, ou apegando-se às consequências apenas?
Há certos assuntos que podem interessar um público mais amplo, como os posts motivacionais, aqueles que inspiram a uma ação transformadora. Já outros, como conteúdos mais técnicos, possuem o objetivo de atingir pessoas mais específicas.
Por exemplo, se você faz uma postagem com dicas de alimentação saudável para quem tem pressão alta ou para quem é celíaco, esse conteúdo tende a ser interessante para quem convive (cliente-final ou familiares) com essas questões de saúde. Por isso, é possível que o engajamento da postagem seja menor, no entanto, o público tende a ser mais propenso a fechar um negócio com você, já que passa a percebê-lo como um profissional que entende suas dores e que pode ajudá-lo a resolvê-las.
Agora, atenção: pulverização de conteúdo nos eixos da sua especialidade não é o mesmo que tentar parecer especialista em diversos temas. Isso poderá confundir sua audiência e, consequentemente, você acabará por gerar uma marca não marcante, nem memorável e impactante, sem uma impressão que de fato seja significativa.
Esse é um dos erros que identifico com frequência nos profissionais da saúde que iniciam seu posicionamento de marca nas mídias digitais. Querem parecer donos da verdade em vários temas, porém não conseguem se destacar em nenhuma área. Ou então, apegam-se apenas a posts que dão alto engajamento, mas que não geram credibilidade em virtude do conteúdo. São os profissionais que adoram a chamada “métrica de vaidade” (curtidas, palminhas, bajulação…). Amarga ilusão.
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Costumo comparar o posicionamento dessas pessoas com a vida de um pato, aquele que sobreviveu na história, mas que não fala direito, não anda corretamente, não voa direito e não nada direito, além de ir para o forno.
Como construir uma trilha de conteúdo?
Quando Andryely e eu nos juntamos para traçar sua trilha de conteúdo, já tínhamos percorrido todos os passos que explicamos nos capítulos anteriores: analisamos quem eram os concorrentes, verificamos o seu diferencial no mercado, definimos o público-alvo e a persona e também a rede social principal no nosso plano de posicionamento de marca pessoal para iniciar.
É fundamental estabelecer todos esses tópicos antes de criar uma trilha de conteúdo. Apenas dessa forma ela será assertiva, criará conexão e estimulará o interesse da sua persona. Agora, não esqueça: de que não há marca pessoal forte em mercados ultra-competitivos, como no caso da área da saúde, se fizer apenas o que seus concorrentes fazem ou no mesmo nível de dedicação.
Feito isso, organizamos os temas para cada dia da semana. Definimos, por exemplo, que as séries de conteúdo estariam não apenas em uma vertente extremamente técnica, mas Andryely seria também uma agente de mudança de comportamentos em função da quebra de hábitos alimentares que vão contra a qualidade de vida de muitos clientes. Ou seja, apenas por tecnicidade você pode ser imitado, mas quando conecta com formas de inspirar seu público a uma melhor versão, há o surgimento das etapas de empatia e consideração.
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Identificamos que as pessoas costumam associar a segunda-feira como o dia de voltar para a dieta e começar uma rotina por uma busca mais saudável. Então, esse dia da semana foi o escolhido para falar sobre foco e motivação, não apenas para seguir uma dieta específica, mas para qualquer desafio que exija disciplina.
“Busco desconstruir a ideia de que alimentação saudável deve ser restritiva. As exceções tornam-se saudáveis quando não permitimos que se tornem regras. Nas redes sociais, assim como no consultório, foco na importância do equilíbrio porque a restrição em excesso gera mais estresse.” (Andryely Pedroso)
Para as terças-feiras, estabelecemos que as publicações seriam relacionadas às novidades na área da saúde. Para abordar assuntos interessantes e atuais, a Andryely mantém-se atualizada em periódicos científicos e busca conferir os mais novos artigos da área da nutrição, além de perfis de órgãos governamentais como o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Como profissional da saúde, lembre-se de sua responsabilidade em transmitir informações confiáveis à população e seja crítico com os estudos e matérias que você utiliza como referência para os conteúdos, para que sua marca pessoal não entre em descrédito.
Para as quartas-feiras, decidimos por publicações que se conectam ainda mais com as pessoas que acompanham ela diariamente. Apesar das limitações que os nutricionistas têm, assim como outros profissionais da saúde para compartilhar resultados reais de suas intervenções clínicas, definimos a quarta como o dia de storytelling, ou seja, contar histórias (falaremos mais sobre isso em tópico posterior). Não histórias fictícias, mas reais, aqueles cases que podem ser compartilhados relacionados à sua própria trajetória e desafios.
Entretanto, atenção: caso o seu Conselho proíba expor depoimentos, aproveite o feedback que recebeu de clientes e procure refletir de que forma aquele caminho trilhado do método entre profissional da saúde e paciente pode se transformar em ensinamento ao seu público. Sempre há um modo de produzir um conteúdo que cative seus seguidores e os aproxima de você nas redes sociais.
“Nós, profissionais da saúde, precisamos ter muita cautela ao mencionar casos reais nas redes sociais. Mesmo com autorização dos clientes, não divulgo nomes, fotos ou situações que possam revelar a quem me refiro. O storytelling não é uma falácia, mas jamais pode ferir os direitos de alguém.” (Andryely Pedroso)
A sua rotina de trabalho também pode ser compartilhada com dois objetivos principais:
- Aproximar o público por meio da identificação de vivências, desafios ou valores humanos;
- Divulgar os seus serviços de forma indireta. Ou seja, não tentar empurrar uma venda, mas demonstrar o potencial de transformação que a sua solução exerce na vida de outras pessoas.
Agora, é importante que se diga: embora os depoimentos sejam uma excelente estratégia de marketing, que o ajudará a conquistar autoridade moral e prova social, não baseie seus conteúdos apenas neles, pois isso pode gerar distanciamento de seguidores que desejam ler conteúdos mais técnicos e aprender com você.
Outro ponto oportuno a se trabalhar na construção de sua trilha de conteúdo é o formato que usará para abordar seus assuntos. Pense em diversificá-lo a fim de tornar os assuntos mais atraentes e chamar a atenção de mais pessoas, principalmente em sua fase de testes (mas cuidado para não fazer média por uma ou dois testes apenas considerando o resultado uma verdade absoluta). Por isso, minha dica é produzir conteúdos:
- Escritos;
- Em vídeo;
- Em imagens (próprias, infográficos);
- Em áudio.
Foi dessa forma que construímos a diversificação da trilha de conteúdo da Andryely de modo que ela tivesse assunto para abordar todos os sete dias da semana. Por outro lado, apesar da variedade, há um item que é fundamental nessa construção: a regularidade de suas publicações.
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Lembro que, quando comecei a usar ativamente o LinkedIn e passei a publicar posts nos fins de semana, ouvi de algumas pessoas que não adiantava fazer postagens nesses dias pois “As pessoas não usam LinkedIn sábado e domingo. Está perdendo seu tempo”.
Sabe o que era engraçado? Os que me falavam isso não eram profissionais de destaque sequer em suas especialidades, muito menos possuíam relevância nas redes sociais. Como então acreditar em quem é faixa branca na arte da guerra digital? Para a minha surpresa, alguns dos meus melhores resultados em postagens e oportunidades aconteceram nos fins de semana.
Se a minha estratégia era compartilhar conhecimento com a minha rede diariamente, como iria deixar de publicar aos sábados e domingos? Em todos os momentos há um potencial cliente que pode visualizar suas publicações, pois grande parte das pessoas está com o celular nas mãos em grande parte do dia, além de que se não for o seu conteúdo a ser distribuído, será o de outra pessoa. O sucesso é realmente uma escolha.
Muitos profissionais da saúde acreditam que, usar o LinkedIn como ferramenta para o marketing de conteúdo, não faz sentido na área da saúde. Porém, esta crença é um erro. Confira o depoimento da minha mentorada, Alice Mendonça, Professora de Yoga, sobre como ela resolveu aceitar o desafio de utilizar o LinkedIn na construção da sua marca pessoal:
Storytelling: o poder de contar histórias
Que tipo de conteúdo você acredita que vai gerar mais resultado orgânico, sem investimento financeiro: uma propaganda com uma breve descrição do serviço que você oferece, ou uma história que leve a um ensinamento indireto ao potencial cliente criando valor e reflexões?
Por meio das histórias, criamos conexões e geramos identificação com o outro. Quando algo mexe com nossas emoções, nosso cérebro libera dopamina por nosso corpo, fazendo com que recordemos por mais tempo e melhor aquela mensagem. Você provavelmente tem algum comercial de televisão, por exemplo, de que não se esquece até hoje. Por exemplo, sabe aquelas propagandas da Coca-Cola na época do Natal? Elas marcam tanto, porque contam histórias de famílias (nem que sejam de ursos polares) e atingem nossas emoções.
Estamos falando de storytelling, que é a arte de contar e desenvolver histórias para transmitir uma mensagem que se conecte com o leitor em um nível emocional. Para isso, alguns elementos são fundamentais e estão sempre presentes em boas histórias:
- Personagem;
- Ambiente;
- Conflito;
- Mensagem.
Para isso, elabore um enredo com começo, meio e fim. Crie um fluxo narrativo, uma linha de raciocínio que conduza o leitor pelo seu conteúdo de forma clara. É como pegar o leitor pela mão e levá-lo até o fim da história. Você consegue fazer isso trabalhando um bom encadeamento dos fatos que não deixe seu leitor confuso, nem faça com que desista de seu conteúdo, o que por vezes pode significar ir parar em um perfil concorrente.
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Lembre-se: hoje seu conteúdo não disputa audiência apenas com profissionais que competem com você, mas com o cachorrinho arranhando a tela do celular, com o policial prendendo o bandido, com um tombo de bicicleta. A concorrência por atenção é muito ampla e boa parte das compras pode ocorrer no período de lazer, quando seu público-alvo está com o celular na mão percorrendo a timeline de alguma rede social.
Assim, o primeiro passo para contar uma boa história é escolher um tema que seja relevante ao seu público, que fale com algum problema que ele tenha e que você pode ajudar a resolver (mesmo que essa mensagem fique indireta). Isso significa que a história que você vai contar deve servir de exemplo para que as pessoas entendam melhor como o seu trabalho pode contribuir positivamente em suas vidas. Isso estimula emoções positivas com o seu conteúdo fazendo com que seu público perceba que também pode alcançar os objetivos desejados com o seu auxílio.
Aprenda a explorar as trilhas de conteúdo para fortalecer a sua marca pessoal
Outra forma de trazer elementos do storytelling para o seu conteúdo é pelo uso de diferentes formatos de mídia. Você pode utilizar, por exemplo, infográficos, que são conteúdos que combinam texto e imagens, ilustrações, ícones com o objetivo de ajudar o leitor a compreender melhor o assunto. Entretanto, tome cuidado com o uso de termos muito técnicos ou frases muito rebuscadas, palavras difíceis. Isso pode ser um tiro no pé já que o seu cliente precisa entender o que você está dizendo para se convencer de que precisa do seu serviço e que você é o profissional ideal para solucionar o problema dele.
Estabeleça um tom de voz e um estilo de escrita
Já parou para pensar sobre o tom da sua comunicação? Não me refiro ao timbre da sua voz, sobre agudos ou graves. Estou falando sobre a forma como você vai se posicionar e se relacionar com as pessoas em suas redes sociais, naquele jeito particular pelo qual você será reconhecido. A voz entra nessa composição da orquestra chamada marca pessoal. Há marcas e pessoas que adotam um tom mais formal, enquanto outras têm um estilo mais descontraído. Algumas assumem uma linguagem mais simples, outras mais complexas.
Falando em tom de voz, uma mentorada que se tornou referência em conteúdo sobre fonoaudiologia é a Rosane Sampaio, Fonoaudióloga e eleita LinkedIn Creator. Ela decidiu fortalecer a marca pessoal na rede porque sentia que sua carreira ainda tinha muito a evoluir. Veja o depoimento dela sobre o porquê decidiu buscar a mentoria em marca pessoal e o quanto este processo a fez evoluir rapidamente na carreira:
O seu tom de voz, por exemplo, tem inclusive total relação com o objetivo do seu trabalho. Por que você faz o que faz? Qual o motivo e para quem você está nas redes sociais? Você está nas redes para entreter, educar, informar, vender seu produto ou serviço? Isso diz respeito também à personalidade da sua marca e pode até variar dependendo do tipo de conteúdo que publica e da rede social em que atua. Quer um exemplo simples e efetivo?
A intenção da Andryely nas redes sociais é levar informações de qualidade e instruir as pessoas a ter uma vida saudável por meio de seus hábitos alimentares. Por isso mesmo, suas postagens são bastante informativas. Uma das características de sua marca é adotar uma linguagem simples, sem o uso de tantos termos tão técnicos e complexos da área da saúde. Isso faz com que as pessoas compreendam melhor o que ela quer passar e, como resultado, recebe várias mensagens de agradecimento por escrever de forma tão clara, o que converte em contratações de suas consultas e liberdade financeira, consequências dessa conexão com os seguidores.
Buscar inspiração para produzir conteúdos
Antes que eu aborde essa questão, a Andryely falará sobre o que fiz no início da mentoria para ajudá-la com esse assunto, já que sua reclamação era que não tinha ideias para as publicações:
“Para me dar um empurrão no início da produção de conteúdos, Dalbosco entregou-me em uma sessão de mentoria uma mala cheia de revistas, que me ajudaram a abrir a mente para uma série de temas que eu não imaginava que poderiam ter alguma relação com saúde.” (Andryely Pedroso)
Nessa ocasião, entreguei para ela uma série de revistas físicas e digitais sobre política, viagens, tecnologia e vários outros temas de interesse do seu público, os executivos e as executivas. A partir do momento em que o profissional define seu público-alvo, precisa também buscar conhecer do que ele gosta, sobre o que fala e por onde anda, pois assim consegue escrever os conteúdos em um contexto que eles entendem e relacioná-los com a sua especialidade. Aí é bingo!
Ler sobre diferentes assuntos é também um exercício de criatividade, porque amplia sua visão, e você começa a relacionar áreas que antes você não associava. Como diz a Andryely depois de um tempo quando lia um material bem fora da caixa de sua especialidade: “Isso dá um post”. Se você está em uma conversa, alguém lhe contou algo, leu algum assunto interessante, observou alguma situação e criou conexão com a área da saúde, ela anota porque pode gerar um conteúdo.
Portanto, em suas postagens, a Andryely não se limita a falar apenas sobre alimentação. Ela estabelece relação com outros temas, como as emoções, os comportamentos humanos, exercícios físicos, entre outros. E você como profissional da saúde está em uma área que é um prato cheio.
Muitos executivos, por exemplo, reclamam de insônia, sono de baixa qualidade, estresse, ansiedade. São dores que eles têm e que a nutrição pode auxiliá-los. Por isso, são temas que fazem parte de seus conteúdos. Percebeu a importância de conhecer seu público, sua persona e suas necessidades, dores, hábitos e desejos? Esse conhecimento guiará sua trilha de conteúdo e sua projeção digital nas redes sociais.
“Muitos insights para publicações vêm das pessoas que atendo e com que me relaciono diariamente. As dúvidas, comentários e feedbacks são ótimas ideias de conteúdos. Todas essas inspirações são anotadas no meu bloco de notas do smartphone.” (Andryely Pedroso)
Tudo aquilo que pode ser interessante, incluindo cenas do dia a dia, dúvidas que seus clientes lhe trazem, notícias que fazem sentido à sua estratégia, entre outras possibilidades, ela anota para que depois sejam analisadas e se tornem conteúdos relevantes.
Não existe uma recomendação geral, nem uma fonte única de onde buscar inspiração. Há coisas que funcionam mais para uma pessoa e menos para outras. Em geral, livros, revistas, artigos científicos são ótimas fontes de conhecimento e de inspiração. Priorize o estudo de conteúdos mais complexos e completos. Saia dos conteúdos mastigados.
Seguem excelentes dicas de bancos de artigos, com base científica, para você profissional da saúde utilizar:
- Biblioteca Eletrônica Científica Online (Scielo);
- PubMed;
- Science Direct.
Você que deseja trabalhar a sua marca pessoal e melhorar sua autoridade moral nas redes sociais, invista também em leituras que tratam de autoconhecimento, motivação e liderança. Eles ajudarão a criar maior conexão com as pessoas e a influenciá-las positivamente. Outra boa opção são ferramentas como o Google Trends, que auxiliam muito a pensar em bons conteúdos por meio do conhecimento das palavras-chave ou dos termos mais buscados sobre determinado assunto.
Agora uma questão é fato: quanto mais conteúdo você faz, mais inspirações você tem e mais consegue entender quais conteúdos rendem melhor resultado, quais geram maior interesse, quais geram maior reputação e venda. Por muitas vezes, será a quantidade produzida nos ambientes digitais que fará com que você alcance a qualidade.
No início, é mais desafiador até encontrar o caminho certo, mas é por esse motivo que os profissionais de sucesso são aqueles perseverantes e que assumem os riscos dos desafios. À medida que você publica, as pessoas fazem perguntas ou expressam suas opiniões, o que faz com que você tenha um prato cheio de ideias de novos conteúdos a gerar. Nada melhor que as ideias de conteúdos virem da sua própria base de seguidores.
Há muitos meios que podem lhe dar ideias para a escrita e traçar correlações com a sua área. O nosso papel neste livro é também aumentar a sua percepção com relação a isso e fazer com que você comece a se dar conta em diferentes situações cotidianas do que pode virar conteúdo para suas postagens. Ou seja, você passa a ser um produtor de conteúdo que consegue enxergar aprendizados e oferecer ensinamentos diariamente por meio das suas redes sociais em benefício aos seus seguidores. Caso isso começar a ocorrer, envie-me uma mensagem inbox nas minhas redes sociais, pois ficarei muito contente de saber do efeito causado, ok?
Dicas de organização de conteúdos
As próprias trilhas de conteúdo são uma forma de organizar as postagens para cada dia da semana. Faça planilhas, crie documentos no Word, utilize gerenciadores de tarefas (como por exemplo, Trello, Asana, MindMeister) ou a ferramenta que você melhor se adapta para estruturar e guardar suas produções. Aqui o ponto-chave é a organização.
Uma orientação importante é salvar os conteúdos em mais de um meio digital para sua segurança, de preferência na nuvem. Não confie que ao publicá-los no LinkedIn, Facebook (Meta) ou Instagram seus conteúdos estão salvos. Costumo dizer que as redes sociais são terrenos alugados. Uma hora elas podem acabar, alguém pode invadir sua conta ou qualquer outra coisa pode acontecer e fazer com que você perca o que produziu.
Outra atitude importante no planejamento de seus conteúdos é não deixar tudo para cima da hora para produzir. Principalmente se for profissional liberal, há uma infinidade de imprevistos que podem acontecer em cima da hora, como clientes que desmarcam, encaixes necessários, situações que você terá de resolver e que podem comprometer sua agenda e programação de tarefas, afinal você é o comercial, o financeiro, o produtor de conteúdo, o apagador de incêndio (rs).
Por isso, se você não tem conteúdos já planejados, provavelmente vai passar do horário que deveria publicar, isso se não deixar de publicar no dia, o que não é bom para a sua marca pessoal nem para o algoritmo, pois como já mencionamos anteriormente a constância de publicações é essencial para desenvolver relacionamento com o público.
Nas minhas mentorias, meus mentorados e eu fazemos análises dos melhores horários de publicação em cada rede social que eles vão usar. Os melhores horários são aqueles em que normalmente seu público-alvo está on-line naquela rede ou com maior disponibilidade para interagir.
Tendo isso definido, você pode utilizar ferramentas de agendamento de publicações como a Hootsuite ou a Mlabs, para não correr o risco de furar a programação. Custam por vezes poucos reais e possibilitam agendar posts no LinkedIn, Instagram, Facebook (Meta) e Twitter, por exemplo. Você consegue programar o horário e o dia da semana que seu conteúdo pode ser publicado, enquanto você está em reunião, consulta ou em viagem. Fundamental essa comodidade para que não perca tempo com detalhes que, se não bem geridos, podem tomar boa parte do seu dia.
Você vai errar…e faz parte do processo
Se achar que tudo será como espera, perfeito, um mar de rosas, que seu posicionamento de marca não apresentará desafios, sinto informar-lhe que se pensar dessa forma, nunca arrancará seus projetos. Aqui o ponto-chave é ir trocando a roda do carro com ele andando.
A construção de uma marca pessoal não é feita de uma hora para outra nem serve para quem quer comer apenas o mel e não ser picado pelas abelhas. Se subir vários degraus, o mérito é seu. Mas se tropeçar na subida, a responsabilidade também é sua. Por causa dessa segunda situação, muitos profissionais preferem ficar em cima do muro ou se esconder atrás de algo ou de alguém, a vestir a capa de suas próprias marcas e batalhar por elas.
- Quer ter um posicionamento? Assuma o risco;
- Quer investir em um novo produto ou serviço? Assuma o risco;
- Quer expandir o negócio para outras geografias? Assuma o risco.
Dê a cara à tapa por aquilo que é seu e de mais ninguém. Faça com que as pessoas entendam que você é faixa preta no seu segmento. Porém, antes disso, tenha clareza do seu objetivo, saiba aonde quer chegar e conheça os riscos que pode ter. Durante esse período, falhará diversas vezes, mas ao menos aprenda com isso. Olhe o que errou e entenda a causa-raiz do problema. Trabalhe nesse eixo para que as próximas consequências do seu trabalho sejam mais positivas. Eu costumo dizer que um especialista já errou muitas vezes e mais do que um iniciante tentou.
A dor é o maior e melhor professor que nós temos. As falhas não são apenas inevitáveis, elas são necessárias para nossa evolução. Aprenda com elas, faça melhor da próxima vez e siga adiante! Há algo maior esperando-o ao fim do processo. Quer saber como iniciar essa trajetória de sucesso? Garanta o seu exemplar, já disponível em pré-lançamento, do livro Personal Branding para Profissionais da saúde, clicando na imagem abaixo:
Sou o Dalbosco, estrategista de marca pessoal referência em nível nacional, C-level de multinacional, Conselheiro Consultivo e Conselheiro de Administração, assim como Colunista CBN e escolhido LinkedIn Creator.
Nos últimos 20 anos, dediquei-me a trabalhos com diferentes culturas em 4 continentes (América do Norte, Europa, África e América do Sul), construindo e guiando marcas corporativas e pessoais ao sucesso individual e do time.
Morei e trabalhei em locais como Montana (EUA), Hawaii (EUA), Angola (África) (onde por 3 anos coordenei negócios e relacionamentos público-privados), entre outras regiões do planeta. Na última década, tenho me dedicado a lançar cases de sucesso em nível nacional e mundial por meio do branding, seja na área de tecnologia/software (SaaS), educação, cosméticos, indústria de pedras (mármore e granitos), segurança, religião, marketing e mídia, política, esporte, automobilismo, transformação digital, construção civil, agrobusiness, fitoterápicos e moda.
Essa expertise para projetar negócios em mercados ultra competitivos em diferentes culturas, possibilitou-me ser chamado por diversos Presidentes de empresas, Presidentes de Conselhos, gestores de projetos e grandes mídias, para guiá-los com relação às novas tendências de marketing e comunicação para marcas pessoais e corporativas que queiram estar na vanguarda e aumentarem em escala o número de oportunidades na carreira, convites e negócios.
Quanto ao ensino, considero-me o verdadeiro Lifelong Learner (LLL). Nunca parei de estudar para conseguir levar aos meus clientes, Conselhos, parceiros comerciais e equipe de liderados o que há de mais estratégico e sábio para aumento de competitividade no mercado. Estou como doutorando com foco na área de destination branding e personal branding trabalhando no aspecto de como influenciadores de marca impactam marcas de destinos turísticos – foco em complexos turísticos de cassino em Las Vegas – Nevada). Concluí com êxito minha formação como Mestre (com foco Design Thinking), e finalizei duas pós-graduações em Gestão (sendo uma delas MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – FGV). Em busca do conhecimento, certifiquei-me ainda como Master em Programação Neuro Linguística e Conselheiro Consultivo de empresas. Dentro da área da educação, atuo ainda como docente no MBA de Inteligência Emocional com Coaching para Mulheres do Brasil.
Fui vencedor de premiações de Mérito Estudantil e Menções Públicas de Agradecimento pela excelência nos trabalhos apresentados em prol da eficiência e construção de legado às organizações.
Em 2022, fui escolhido pela equipe do LinkedIn Brasil como LinkedIn Creator, sendo um perfil indicado a seguir na rede social em função dos meus conteúdos que possam guiar e inspirar carreiras de sucesso. Possuo aproximadamente 60 mil seguidores nesta rede social sendo, a maior parte dos meus seguidores ativos, executivos (C-level) e conselheiros de empresas.
Em minha trajetória profissional, apresentei programas de rádio e TV com alcance semanal para mais de 1 milhão de pessoas. Atualmente, estou como colunista semanal ao vivo na CBN (Central Brasileira de Notícias, rede de rádio brasileira pertencente ao Sistema Globo de Rádio), na coluna sobre Carreiras e Marca Pessoal, além de escrever frequentemente para jornais, assim como entrevistado em diversas mídias (podcasts, rádios…).
Palestrando em eventos e convenções no Brasil sobre estratégias de personal branding e liderança digital – Fonte da imagem: WTC Business Center
Pratico ainda ações voluntárias a projetos no terceiro setor que buscam o desenvolvimento sustentável de crianças, adolescentes e mulheres em vulnerabilidade social, em especial ao Bolshoi Brasil (a única filial no mundo e a qual estou como influencer da marca) e na ONG Orientavida (a qual produz peças para marcas como Chanel, The Walt Disney Company, Hotéis Fasano, Irmãos Campana, Uber, Netflix, Twitter, entre outras).”
Bom, de forma muito transparente acima, agora você já sabe um pouco mais sobre mim e sobre a qualidade dos meus conteúdos que me dedico intensamente para aumentar seu nível de conhecimento para que fortaleça sua marca pessoal e corporativa no mercado. Será um prazer ter sua interação nos comentários nas minhas redes sociais ou que possamos estar em contato para negócios e oportunidades ganha-ganha.