

Estar no LinkedIn hoje é estar conectado na maior rede social profissional do mundo. Com mais de 600 milhões de usuários ativos, o LinkedIn tornou-se um ambiente onde profissionais dos mais variados segmentos trocam informações, encontram pessoas, procuram emprego e fecham negócios. O networking é extenso e o “cardápio” bastante variado. A interação entre profissionais, através de suas conexões, aumenta a cada dia, fazendo com que seu branding pessoal se destaque.
Todos os dias, milhares de pessoas e profissionais acessam o LinkedIn, plataforma adquirida pela Microsoft em 2016 (uma das maiores transações dos últimos anos conforme gráfico abaixo). A rede, como sempre digo, é um Oceano Azul para várias áreas porque há muito espaço ainda a ser explorado e marcas pessoais a serem posicionadas. Profissionais estão percebendo isso e tornando o acesso ao LinkedIn um hábito diário, seja pelo celular, tablet ou computador/laptop.
Lista de aquisições mais caras feitas pelo Microsoft – Fonte da Imagem: Statista
A especialista em Qualidade, Gestão de Risco e Segurança Assistencial, Veralice Oliveira, não tem o hábito de postar artigos ou fazer postagens no LinkedIn. Porém, de outro lado, ela faz comentários nas postagens e, desta forma, interage sobre o assunto que está sendo debatido naquele post.
Em conversa com a Veralice, ela revela como interage no LinkedIn, o que a torna um case interessante. Acompanhe a entrevista especial na íntegra com a Veralice Oliveira no Dalbosco Cast e alguns dos assuntos que falamos por lá aqui abaixo:
Listei os principais pontos da nossa conversa para você ir direto no que tiver mais interesse:
05:35 – O que é a gestão de marca pessoal?
11:40 – Como encontrar sua comunidade no LinkedIn.
12:28 – Lidando com os diferentes perfis no LinkedIn.
17:40 – As publicações que mais viralizam, e como se esquivar de conteúdo sensacionalista.
29:00 – Usando a rede para agregar e crescer.
Como o LinkedIn beneficiou Veralice Oliveira
O que irá ler a partir de agora é uma parte da conversa que tivemos para o episódio do meu podcast.
Ricardo Dalbosco – Como começou sua história com o LinkedIn? Você começou a buscar assuntos de Gestão da Qualidade e a ver artigos?
Veralice Oliveira – Eu não tenho o hábito de publicar. Não me sinto segura de escrever. Compartilho alguns conteúdos justamente o que vejo que estou procurando e onde quero ser, digamos, vista, que as pessoas que sigo e que me seguem me vejam e a gente começa a trocar ideias sobre isso. Mas eu vejo o que está relacionado à qualidade e a gestão como um todo, assuntos que são interessantes. Alguém da minha rede lhee seguia, não sei como foi que você apareceu lá no meu feed.
Comentário da Veralice Oliveira em um dos meus posts no LinkedIn – Fonte da Imagem: LinkedIn Dalbosco
Dalbosco – O algoritmo botou os dois para se encontrarem ali…
Veralice – Você postou uma imagem, tipo de um meme em que na vida real são assim e na vida social são “assado”.
Dalbosco – Eu me lembro dessa. Viralizou isso no Brasil até. “Profissão na vida real: Engenheiro Civil. No LinkedIn: Engenheiro de bomba atômica especializado em urânio ultra master power plus 3D hightech, formado em Harvard e co-fundador de Stanford”. Era mais ou menos assim (rs).
Veralice – E os termos em inglês…
Dalbosco – E os termos em inglês que infelizmente tem gente que acha que vai atrair interessados para a conta dele no LinkedIn, mas na verdade, muitas vezes, principalmente headhunters, que são pessoas treinadas a avaliar o perfil pelo LinkedIn, já sabem que é fake. No sábado passado, gravava com a Adriana de Souza, uma das headhunters feras no Brasil, com mais de 25 anos de profissão. Atua para a Coca-Cola, Unilever, Petrobras, Starbucks…
Clique aqui para descobrir mais sobre essa conversa com a Adriana de Souza no Dalbosco Cast
Você viu na publicação de domingo que lancei e ela fala muito isso. A gente consegue ali detectar de cara se a pessoa está mentindo ou não, exagerando ou não. Ou, se não é de cara, depois logo nos primeiros testes ali a pessoa queima o filme de vez.
Agora, você começou a me seguir e é interessante. “Esse cara talvez tenha alguma coisa que me agregue”.
Veralice – Eu fiz um comentário, porque por mais que esteja procurando assunto profissional e sério, gosto de fazer comentários mais engraçados, mais leves. Comentei lá, tipo “Gente que é patinho feio, no LinkedIn quer ser um lindo Cisne”. Aí você comentou na mesma hora e eu pensei “Olha, tem um doido aqui no LinkedIn”. Deu certo! A partir daí eu fui ver o perfil, fui ver o conteúdo e me interessou bastante. Porque era novo para mim essa questão de gestão de marca.
Dalbosco – Marca pessoal, principalmente. Vestir a sua camisa primeiro antes de vestir a camisa de sua empresa.
Veralice – Exatamente. A gente está acostumado em vestir a camisa da empresa, a brigar pela empresa, se não gostar sai fora.
Dalbosco – Daqui a pouco o seu sobrenome é a empresa. E isso é um risco também!
Veralice – E o que você está fazendo por você, para construir a sua marca e tal. Eu achei que isso estava mais relacionado a estudar. Estudar, estudar, estudar. Que é importante. Aí fui descobrindo que não é só.
Dalbosco – Que não é por você ser um PhD que talvez você esteja empregado. Muitas vezes, pelo contrário, dependendo do segmento, se afasta de pessoas porque pode lhe ver como uma pessoa com vários vícios, muito especialista, ultra qualificada vai ser caro. Então, são vários cuidados que temos que ter quanto a isso.
Quando eu comentei, no primeiro post, e lhe surpreendeu…é um feedback que chega muito de mentorados e mentoradas no sentido de: “Dalbosco, você responde praticamente todo mundo!” Claro que às vezes não consigo no mesmo dia, às vezes demora tempo. Assim, no inbox, o atraso é até maior, mas faço quando posso. Não é por não querer que eu não vou lá e respondo, realmente, porque é uma forma de respeito.
Se a pessoa parou o seu tempo dela para responder, eu também tenho que parar o meu tempo para tentar retornar. Claro que muitas vezes dependendo das semanas, o negócio fica impossível. Mesmo tirando estas oito horas do dia útil de trabalho, 12 horas, para responder, ainda não daria conta.
Veralice – Mas você responde.
Dalbosco – Respondo? Respondo. Tento? Tento.
Veralice – Eu olho os comentários, claro. A gente olha os comentários, mas vejo que você interage bastante. Isso é interessante porque às vezes você acha um perfil legal que tem um assunto que você quer. Percebe que a pessoa tem um conhecimento técnico bom. Ele publicou um texto massa e você vai lá, escreve um comentário e cri, cri, cri… Entendeu? Aí você fica: “Ah! Tá bom. A pessoa não quer interagir.” E você acaba deixando.
Bastidores do Dalbosco Cast com Veralice Oliveira – Fonte da Imagem: Acervo Pessoal Ricardo Dalbosco
Dalbosco – Uma dica que sempre dou é a seguinte:
Se a pessoa escreveu várias linhas ali e está fazendo um debate, muitas vezes você só manda o “Obrigado” ou então “Grato”, às vezes não cabe! A pessoa fez um texto, ela quer discutir.
Claro que se você tem lá um post, com 120 ou 150 comentários. Você interagir com textão em cada um, ninguém mais trabalha. Não tem tempo… Mas não é todo mundo que escreve e se dedica para escrever algo com mais robustez, mas estes sim merecem engajamento. E o bacana é que as pessoas, muitas vezes, acham que as pessoas leem só os posts. Não! Tem gente que nem terminou de ler o post e já está indo para os comentários. Lê o comentário de todo mundo e ali começa, muitas vezes, um debate construtivo. Só que muitas vezes vai para um lado de bate-boca que é incrível.
Veralice – Aí você tem que ir selecionando…
Dalbosco – Ir selecionando. Às vezes aparece gente de tudo quanto é tipo. Do considerado maluco por alguns até o super especialista. Mas isso é a humanidade. Diferentes perfis, de saber controlar, de saber lidar com este tipo de pessoa.
Hoje mesmo, postei a respeito de “Você não precisa responder tudo. Às vezes, o silêncio é a melhor resposta.” Isso em rede social está muito em alta, porque tem uns gurus da web, que eu denominei hoje. Tentam vender a imagem de que você tem sempre que responder, que tem que ser sempre comunicativo.
Veralice – Tem que se impor!
Dalbosco – Tem que se impor, etc… É aquele negócio: o cara “tacou” o pau em você ali em um comentário. Você pode responder mas querer convencer ele, mudar a opinião dele e achar que ele vai vir “Ah, ok, me desculpa, eu me interpretei mal”… São raros, mas acontece.
Veralice – Você se sai bem dos comentários mais pesados. Eu já vi.
Dalbosco – Tem gente que não tem paciência. Tem gente que simplesmente já vai e bloqueia a pessoa. Quem eu bloqueio? “Ah, Dalbosco, você bloqueia pessoas?” Sim, se a pessoa age de maneira desrespeitosa, perante a mim. Mas isso é raro acontecer, mas às vezes começa um bate-boca ali e um começa a xingar o outro. Algo absurdo, sabe. Pelo fato do outro discordar da ideia dele. Aí um começa a xingar o outro. É engraçado.
“Você é da geração de mimados!” E o outro falou assim: “Como, se eu sou da mesma geração que a sua. Olha aí, você também tem cabelo branco e barba branca.” E o outro fala assim: “Você é mais novo!” Começa uma discussão assim fútil e penso “Pera aí, é hora de ejetar esses dois!” Deu, isso não precisa. Isso não agrega a ninguém.
O LinkedIn é uma rede preferencialmente para busca e melhoria profissional. Foi o que você fez. Poxa, você estava no final da faculdade, precisava buscar material sobre Gestão da Qualidade, algo mais específico. Existe uma macroárea que é a gestão, mas precisa da gestão da qualidade, processo de melhoria contínua, e lá vai. SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade… E foi buscar no LinkedIn. Isso é incrível.
Veralice – Isso é bacana. O LinkedIn traz isso também. Por exemplo, eu comecei a lhe seguir e lá nos comentários você encontra outras pessoas com quem você se identifica. Passa a seguir, você adiciona. A partir do seu perfil, eu já adicionei várias outras pessoas.
Dalbosco – Porque você encontrou através do meu perfil….
Veralice – Porque encontrei através do seu perfil. E eu já comecei a interagir com elas também. Entendeu?
Dalbosco – Como digo “Não é ter um milhão de seguidores ou 100 mil. Mas é a comunidade que você consegue formar. Isso é muito importante.”
Clique aqui para descobrir como se destacar nas redes sociais sem ter 1 milhão de seguidores
Veralice – Vai se identificando…
Dalbosco – Sim, você pode ter 30 mil, 60 mil, 1 milhão de seguidores, mas se esta comunidade for, de certa forma, homogênea, ela buscará o mesmo objetivo, aí está a força da sua comunidade, do seu grupo. Me diz uma coisa:
Quando você viu, é uma rede que está cheia de pessoas que buscam ajuda, algumas em termos de conhecimento ou de assunto. Tem pessoas que buscam vagas. Pesquisas recentes, cerca de 74% das pessoas estão insatisfeitas com o seu atual emprego. Ali giram pessoas dos mais diversos perfis.
Como lidar com isso, Veralice? Que você faz um comentário e quem lê seu comentário, muitas vezes, comenta em cima do seu comentário são diferentes pessoas. Você se preocupa com isso quando você vai escrever? Ou simplesmente “vou colocar o que eu penso aqui e deu”?
Veralice – Eu me preocupo, com certeza. Porque tem a questão da linguagem, tem a questão das culturas, tem esta questão justamente a realidade que a pessoa está vivendo naquele momento. Eu me preocupo para ver se meu comentário está de acordo.
Por exemplo, você postou, não me preocupo em concordar com você, mas me preocupo em colocar meu ponto de vista. Eu já pensei: “E se me atacarem neste comentário. Se em vez do Dalbosco, eles atacarem a mim?” Ainda não me ocorreu, mas eu me preocupo sim em quais palavras vou colocar, para que linha vou levar…
Dalbosco – Cuidado para não ser grosseiro…
Veralice – Grosseiro. Para não parecer puxa-saco. Isso acontece na hora de aceitar conexões e de seguir e fazer comentário. Eu olho o conteúdo, entendeu? Essa é uma característica minha: eu olho conteúdo.
Dalbosco – Quando a pessoa lhe pede conexão, você aceita? E eu vou perguntar a sua percepção deste tipo de perfil. Você aceita e logo a pessoa manda uma mensagem inbox querendo lhe vender algo.
Veralice – Acontece, não com muita frequência, porque a pessoa olha os perfis para quem eles vão oferecer. Acho que quem vai vender também olha para quem ele vai oferecer. Mas me ofereceram cursos, consultorias e algumas coisas nada a ver. Tem um pessoal que exagera na hora da conexão. Mas, de venda mesmo, não!
Eu aceito e vejo que ele mandou a mensagem e respondo. “Bem-vindo a minha rede” “Obrigada!” e aí pronto. Geralmente não tem recorrência e a pessoa não fica mandando e insistindo várias vezes. Aí eu deixo lá. Ainda não bloqueei ninguém. Não precisei.
Dalbosco – Quando começar a postar, vai acontecer!
Como perder o medo de postar nas redes sociais? Descubra clicando aqui
Veralice – Eu não bloqueei ninguém.
Dalbosco – Tem gente que fala assim: “Poxa, para que bloquear? Se quer postar, tem que estar pronto para escutar”. Claro. Tem que estar pronto para escutar, mas desde que não falte respeito. Esse é o grande ponto da questão. No momento que perde o respeito, uma vez, para dar o segundo e terceiro passo…
Nesta direção de desordem, é muito grande. Como não compartilho com este tipo de valor, que a outra pessoa preza, que pode se chamar de valor imoral, eu prefiro evitar este tipo de situação. É aquele tipo de pessoa que, pelo contrário, nos deixa ruim.
Você deve ter percebido, quantas pessoas a gente lê um comentário em um mesmo post e nos deixa ruim. Hoje mesmo, estávamos vindo para a gravação, ainda mostrei ainda no Uber para a Juliana Fernandez, que está nos bastidores “Ju, dá uma olhada aqui. Um cara que tem 200 mil seguidores no LinkedIn e praticamente copiou meu post”. Entendeu? A mesma frase que utilizo em palestras, que eu já publiquei. Qual é a minha vontade? De ir lá nos comentários e colocar assim “Engraçado, seis meses aqui que falo isso. Tem vídeos dizendo esta frase”. Mas tem coisas que a gente olha assim e “Quer saber o quê? Pobre de espírito e pobre de conteúdo”. Porque tem que fazer replica. Muitas vezes, eu falo que é melhor que me copiem do que criem novas coisas que eu não pensei.
Qual é o perfil hoje que você vê ali que mais movimenta a rede? Eu tenho uma opinião. Parece que vai falar de RH (Recursos Humanos), viraliza. Principalmente, daquelas pessoas, não é o meu estilo, mas está toda hora falando mal do chefe. Como tem muita gente insatisfeita com o chefe, tem muitos adeptos. Você também percebe isso?
Veralice – Eu percebo e acho arriscado. Porque se você está descontente com aquele chefe hoje e você vê que não vai resolver aquilo com ele, busca melhorar sua carreira. Mas pensa que tem “depois”. Quando você não estiver mais com aquele chefe, você vai querer ter outro. Como é uma rede que lhe expõe, como vai ser quando você for em uma entrevista e for questionado por aquilo que você deixou lá no LinkedIn. Porque já acontece, com certeza, das pessoas verem currículo e eles também veem seu comportamento na rede.
Dalbosco – Eu sempre digo o seguinte. E já me perguntaram assim “Dalbosco, qual a diferença entre apresentar meu currículo ou ter LinkedIn atualizado?”. Eu falo “Currículo é o seu passado, é o que você fez até agora. LinkedIn é seu currículo, está lá o seu histórico, formações, qualificações, certificações, premiações, experiências de trabalho, recomendações, mas também tem a grande vantagem: é o presente! Porque ali você está interagindo, comentando”.
Dependendo do processo seletivo exige currículo. Tem outros que já exigem apenas o LinkedIn, pelo menos como uma introdução, até para ver se a pessoa realmente está engajada, se é uma pessoa comunicativa. Dependendo da vaga já começa a acontecer isso. Principalmente que nem a gente falava: Headhunters estão de olho no LinkedIn. Se você está no mercado profissional e não tem LinkedIn, praticamente não existe para o mundo de headhunters e boa parte de agências ou escritórios de procura de profissionais.
Siga me perfil no LinkedIn para mais dicas sobre como se posicionar melhor na rede
Veralice, me diz uma coisa: você acompanha meu conteúdo há um bom tempo. Me chamou atenção que você comentava o seguinte, em um post “Você tem aumentado minha percepção com relação como eu devo cuidar, criar e fortalecer a minha marca pessoal”. Isso eu vou dizer que me tocou realmente.
Muitas vezes, a gente está ali todo dia em redes sociais, trabalhando, dando mentoria, aqui e fora do Brasil, seja lá o que for. E às vezes a gente precisa escutar estas coisas para saber o valor que estamos entregando. Porque muitas vezes a gente acaba não vendo, não para um pouquinho. Isso é muito bacana quando aumenta a sua percepção. Você começa a se cuidar mais. Começa a prestar atenção que você não precisa ser apenas o fulano da empresa tal e daí você é demitido ou se aquela empresa dá algum problema em termos de imagem na sociedade, ou então ela falhe aí no mercado, quem é o fulano: da empresa falida ou da empresa que fez um papelão ou que fez corrupção.
Eu sempre digo: Tem que ser, sua melhor marca tem que ser Ricardo Dalbosco. Meu nome! Tem que ser o Seu Nome para daí depois vir o nome da empresa. E você me relatava isso, isso é muito interessante. Tem mudado isso nos últimos meses, esta percepção?
Veralice – Tem mudado. Claro que é uma mudança aos poucos, mas só pelo fato de que tem tomado consciência disso, acho que o seu perfil faz muito este trabalho. Você também, não sei… se existe métrica para isso, mas o alcance do conteúdo que você entrega. Porque eu estava lá procurando algo diferente, que estava focada. Eu preciso saber sobre Gestão da Qualidade. Mas olha só: duas palavras “Gestão” e “Qualidade”.
Eu estava tentando aprender e continuo a aprender como gerenciar empresas, como gerenciar meu emprego, meu trabalho, minha profissão. Mas como gerenciar a mim? Entendeu? Acompanhar o seu trabalho começou a me trazer para isso. Como posso ser melhor, como posso ter mais qualidade de vida e de postura, de tudo, para trabalhar melhor na Gestão da Qualidade nas empresas que eu estiver. Entendeu? Foi o que me chamou a atenção no seu trabalho e por isso eu faço questão de comentar mesmo, todos os dias. Estes dias em que o LinkedIn teve problema, eu falei no perfil: “Ué, cadê? O que aconteceu?”
Realmente, a gente fica na expectativa. Qual vai ser o tema de agora? O que vem agora? Entendeu? Os seus convidados… Até que quando falei para minha amiga que viria comigo mas acabou não dando para vir. Ela trabalha em um hospital. Aí eu falei “Gente, você viu os convidados que ele entrevista? O que eu vou fazer lá? Porque assim, a gente acompanha o trabalho de vocês e vê o tamanho que é. Vocês se relacionam com CEOs, com os caras que têm como clientes o Roberto Justus, mas você dá atenção para os seus seguidores, que é seu público. Quando você mandou uma mensagem e como eu respondi: “Pera que eu preciso me recuperar desta emoção!”
Bastidores do Dalbosco Cast com Veralice Oliveira – Fonte da Imagem: Acervo Pessoal Ricardo Dalbosco
Porque a gente não acredita mesmo. Foi aquilo que eu lhe falei que a gente tenta interagir com perfil e não tem um retorno, nem ali, imagina só da maneira como você faz, entendeu? Então, os outros seguidores que vão ver a nossa conversa vão falar: “Nossa, o cara trabalha sério mesmo. Ele não quer só as curtidas, os “gostei”, ele quer fazer a diferença. Eu já me sinto uma mentorada sua. Porque eu já acompanho o conteúdo.
Dalbosco – Assim, como eu digo, todo mundo conhece o B2B (Business to Business), as pessoas conhecem o B2C (Business to Consumer), mas eu trabalho muito na maneira ao modo H2H (Human to Human), ou seja, aqui do outro lado de um post, aqui do outro lado do LinkedIn, aqui do outro lado do artigo, tem um humano que está do outro lado comentando, que tem anseios, que tem raivas, que tem crenças limitantes, tem expertises, tem qualificações. Eu posso ter similares ou não ter. Então, acho que o princípio do respeito, ele é fundamental. Seguir aquela ordem.
Até fazendo um link com a nossa bandeira. Ter a ordem e o progresso de entender que do outro lado também existe humano, também existe uma pessoa que geralmente está ali na rede que quer crescer de alguma forma, seja procurando uma empresa, seja buscando informação, como você buscou sobre Gestão da Qualidade. Seja aumentar sua rede de contato para também ser provido de maiores conteúdos e ter mais propriedade para discutir determinado tema. Acho que isso é fundamental. Eu acho que o influenciador, independente da rede, há pouco falávamos aqui com a Dani Almeida, que é uma pessoa que você conheceu. Uma pessoa que tem mais de 100 mil seguidores no YouTube, 125 mil seguidores no Instagram. Dá formações, inclusive, sobre redes sociais e a gente falava sobre isso.
Às vezes, as pessoas me perguntam: “Dalbosco, o que eu faço para começar a postar?” Eu falo assim: “Seja autêntico, é o primeiro passo”. Não precisa se reinventar, seja autêntico. Talvez não tenha um público desse tamanho para lhe acompanhar, mas existe um público ultra segmentado que o seu conteúdo pode ser completamente relevante.
Eu sei que você adora rock. Eu também! A gente é do, não sei se você é do Blues… Eu sou fissurado, sou Harleyro, como você sabe. Posso comunicar sobre aquilo? Posso! Não existe nada nas redes sociais que proíba você daquilo. Tem que se atentar para as diretrizes daquela rede e Contrato de Usuário, aquela parte que ninguém lê, mas está lá. É aquela que quando você faz o cadastro pela primeira vez na rede, você clica “Aceito os termos do contrato, Li e Aceito”. Na verdade, deveria ser: “Não leio e aceito.” Porque praticamente ninguém lê aquilo. Então, você pode e vai encontrar um público que vai gostar daquilo. Sempre tem isso.
Gostaria de lhe agradecer. Porque convidar você para estar aqui é uma forma de respeito, é uma forma de admiração. A gente precisa de mais pessoas, no sentido de serem empenhadas em redes sociais. E não é porque você comenta no meu perfil com frequência, mas ser empenhado na rede social, seja na forma como for, postando, comentando, avaliando ou estando por lá acompanhando mesmo sem interagir, mas observando. É assim que a gente aumenta a qualificação das redes sociais e começa criar um ambiente muito mais produtivo do que é. Está bom?
Veralice – Bacana. Eu que agradeço! Meu convite para as pessoas é que você venha mesmo para a rede, mas assim, venha disposto a encontrar aquilo que vai lhe fazer bem. Não venha porque você quer imitar alguém ou porque você acha aquela pessoa bacana. Venha atrás do que vai lhe fazer crescer, porque o LinkedIn dá esta oportunidade.
O LinkedIn tem material, tem muito conteúdo bacana, tem gente séria, tem gente que é realmente profissional. Vai atrás destes perfis de acordo, com o que você está buscando. Interage, não tem medo. Você vai achar uma pessoa bacana para lhe ajudar a crescer naquilo que você está procurando.
Um clique vale muito assim como uma curtida e um comentário quando esse tipo de situação e aproximação acontece. Foi assim que aconteceu comigo e com a Veralice. Os profissionais estão atentos às oportunidades. O LinkedIn pode enriquecer seus conhecimentos, compartilhar com demais usuários e ainda fazer negócios. Criar valor antes de gerar um orçamento gera networking fortalecido em uma rede social e ajuda a posicionar sua marca pessoal.
Procure interagir com perfis que agregam a você, assim com aqueles que você possa gerar valor. Seu branding pessoal, a partir do momento que se comunica por meio dos seus valores, propósito e tecnicidade, tende a atrair outros profissionais com características favoráveis à sustentabilidade de relações comerciais e pessoais mais robustas.