

O cenário de baixa representação de mulheres conselheiras em empresas brasileiras tem mudado, mesmo que lentamente, e a perspectiva global é de aumento exponencial da representação feminina nos Conselhos Corporativos, sejam eles Conselhos de Administração, Fiscal ou Consultivo.
Por anos mentoro executivas e conselheiras na projeção de marca pessoal no mercado para receberem mais convites, então resolvi neste artigo compartilhar dados recentes sobre as tendências das ocupações de assentos e funções de liderança nos Conselhos em nível nacional e mundial.
A tendência da participação das mulheres como conselheiras de empresas não é algo que apenas eu, estrategista de marca, já vinha prevendo. A sétima edição do programa Deloitte Global Boardroom, por meio do relatório denominado “Women in the Boardroom“,também trouxe essa questão à tona em 2021.
Dados sobre a presença de conselheiras em nível mundial – Fonte da Imagem: Deloitte Global Boardroom Program, 2021
O relatório apresenta as tendências de representação feminina em 72 países e expõe que, em quase todos eles, existem organizações ou governos locais comprometidos em aumentar a diversidade no board. Apesar do avanço ainda ser lento, podemos notar resultados positivos e promissores para mulheres que desejam atuar como conselheiras em empresas, desde que consigam projetar uma imagem de confiança no mercado por meio do seu branding pessoal.
Os principais destaques da pesquisa trazem os seguintes dados:
- Apenas 6,7% dos presidentes de Conselho são mulheres e o número é ainda menor para CEOs (5%);
- Estima-se que os cargos no Conselho ocupados por mulheres giram em torno de 19,7% globalmente, o que significa um aumento de 2,8% desde 2018;
- Nos Emirados Árabes Unidos, as mulheres ocupam apenas 7,1% dos cargos de Chief Financial Officer (CFO);e
- As empresas com representantes mulheres para os cargos de CEOs e CFOs na liderança executiva possuem Conselhos significativamente mais equilibrados do que aquelas com CEOs e CFOs do sexo masculino.
Um estudo japonês, publicado em 2022, avaliou a parcela de membros do Conselho feminino no Japão em 4.000 empresas japonesas. O estudo levantou que a presença de mulheres em torno de apenas 2%. O Japão não tem uma cota para membros femininos no Conselho, mas anunciou metas políticas sobre o aumento da participação feminina no mercado de trabalho e nomeação em cargos de liderança.
A média mundial de mulheres ocupando assentos em conselhos é de 19,7%. – Fonte: Deloitte Global Boardroom Program
Cada vez mais é documentada a presença de mulheres dirigentes em Conselhos Corporativos e pesquisas recentes, como a do The Journal of Empirical Finance, associam a representação feminina à melhor tomada de decisão geral para a empresa.
Veja o que diz a minha mentorada Ebru Semizer, Executiva de Marketing na Mercedes-Benz Caminhões, a qual possui ampla carreira como executiva e jornada profissional em diversos países.
“Cada cultura, cada nacionalidade, cada pessoa tem diferentes conhecimentos, perspectivas e pontos de vista. Eu acredito muito na força e na contribuição desta diversidade, principalmente nas organizações mais ágeis e bem sucedidas. Eu vivencio isso todos os dias da minha vida, sendo uma mulher na indústria automobilística vinda de um outro continente. É muito mágico quando diferentes visões são compartilhadas juntas.”
A pesquisa também sugere que ter ao menos uma diretora no Conselho pode contribuir com:
- Políticas de investimento mais estratégicas;
- Decisões de aquisição menos agressivas; e
- Melhor desempenho da empresa.
A presença de conselheiras nas empresas tende a aumentar a assertividade das decisões no Conselho, considerando que aumenta a gama de opções com diferentes pontos de vista e a tomada de decisões da empresa pode se tornar mais estratégica. Este diferencial pode atenuar o excesso de confiança do CEO e corrigir crenças potencialmente tendenciosas.
Acompanhe minha coluna semanal sobre marca pessoal e carreira na CBN
Os resultados da pesquisa demonstraram que a representação feminina reduziu os prejuízos da crise no desempenho da empresa (medido pelo valor da empresa, retorno sobre ativos e retorno sobre o patrimônio líquido).
Estes resultados podem ser explicados porque os CEOs das empresas com a presença de mulheres como conselheiras eram menos propensos a adotar estratégias agressivas que tornavam suas empresas mais vulneráveis à crise.
“A diversidade de gênero também rejuvenesce os conselhos já que as mulheres chegam ao board mais jovens que os homens, de forma geral. Entre as entrevistadas, 35% têm entre 31 e 50 anos. Mais da metade chegou ao conselho com mais de 40” – Mayra Stachuk, gerente sênior de relacionamento da WCD no Brasil.
Segundo dados da pesquisa, os cinco países que apresentam maior porcentagem de assentos ocupados por mulheres no Conselho são:
- França (43,2%);
- Noruega (42,4%);
- Itália (36,6%);
- Bélgica (34,9%);
- Suécia (34,7%).
A porcentagem de mulheres conselheiras em empresas da América Latina e América do Sul em 2021 ainda é baixa (10,4%), apesar de progredir 3,2 pontos percentuais em 5 anos.
Dados sobre a presença de conselheiras na América Latina e América do Sul – Fonte da Imagem: Deloitte Global Boardroom Program, 2021
Conselheiras em empresas brasileiras
O relatório da Deloitte revela que muitos governos buscam incentivar a diversidade nos Conselhos Corporativos e já é possível notar um progresso, apesar de lento, inclusive no Brasil. Em nosso País, conquistamos um avanço de 4,3% em relação aos assentos ocupados por conselheiras desde 2014. Atualmente, as mulheres representam aproximadamente 10,4% das representações em Conselhos no Brasil.
Presença de conselheiras em empresas brasileiras – Fonte da Imagem: Deloitte Global Boardroom Program, 2021
Pesquisas da Women Corporate Directors (WCD) encontraram resultados promissores para mulheres assumindo funções em Conselhos brasileiros. A partir de sua base de associadas (267 mulheres), a WCD registrou que as mulheres passaram a assumir 124 novas posições em 2021 em colegiados de empresas públicas, privadas, de capital aberto e fechado.
“Há uma enorme oportunidade no Brasil de trabalhar no desenvolvimento de empresas brasileiras, familiares, estabelecer padrões e processos de governança. As empresas familiares que montam o conselho é porque querem ter o conselho, já que não tem demanda legal. É uma oportunidade e tanto” – Marise Barroso, Conselheira de Administração
A evolução o cenário dos Conselhos
No relatório Poised for Change: Boardroom Diversity Survey, que avaliou mais de 700 diretores no mundo, um dos tópicos estudado foi a criação de discussões mais efetivas na sala de reuniões. O estudo resultou em 69% dos diretores respondendo que a diversidade de um Conselho é importante para a consideração da empresa sobre seu papel na sociedade, tanto na composição quanto no pensamento.
O que me chama a atenção não são os 69%, mas sim me espanta os 31% que não consideraram relevante a diversidade nos Conselhos.
Percentual de mulheres em Conselhos atualmente representa um avanço de 24% sobre o ano anterior e de 99% sobre 2015 – Fonte da Imagem: SpencerStuart
A consultora sênior de governança do Conselho no KPMG Board Leadership Center, Susan Angele, diz que os Conselhos estão procurando mudar sua composição por necessidade estratégica e mantendo-se competitivos. O que isso nos diz é que habilidades diferentes serão necessárias daqui para frente, mas vejo que isso não bastará: com o grande volume de mulheres querendo se tornar conselheiras, marcas pessoais que saibam trabalhar o seu branding para gerar confiança e criarem autoridade moral em suas áreas tendem a receber muito mais convites para integrar Conselhos. A projeção do seu marketing pessoal por meio do LinkedIn pode ser um bom início.
Crescimento de conselheiras em empresas na África
Os resultados da África evidenciam que o continente valoriza cada vez mais a presença de mulheres em funções de liderança. Eu tive a oportunidade de morar e trabalhar por lá durante três anos e, na época, já percebia o aumento de mulheres assumindo a gestão de várias organizações, seja em cargos privados ou públicos. Atualmente, as conselheiras representam mais de 30% dos assentos em Conselhos na África.
Dados sobre a presença de conselheiras na África – Fonte da Imagem: Deloitte Global Boardroom Program, 2021
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) realizou a análise dos dados divulgados pelas empresas de capital aberto no Formulário de Referência 2020, entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para avaliar a diversidade de gênero existente nos Conselhos e na diretoria das companhias pesquisadas.
Foram avaliadas 295 empresas e em 229 destas havia mulheres na liderança, sendo que quase 60% desse número estavam em Conselhos de Administração.
Morei e trabalhei por três anos na África no período pós-guerra civil em Angola e mudanças na liderança feminina já começavam a aparecer – Fonte da Imagem: Acervo Pessoal Ricardo Dalbosco
De acordo com a pesquisa Brasil Board Index 2021, desenvolvida pela empresa de consultoria Spencer Stuart, as mulheres ocupam 14,3% das cadeiras dos Conselhos de Administração no Brasil contra 11,5% no ano de 2020. Os dados mostram ainda que 65% dos Conselhos apresentam ao menos uma mulher no time, um aumento de 8% em relação a 2020 (57%).
Em 2021, do total de 81 mulheres que assumiram novas posições em Conselhos, quase 60 estão em conselhos de administração. – Fonte: WCD
A mentorada em personal branding e pesquisadora Rosane Sampaio, referência no LinkedIn Brasil na área da saúde, é outra profissional que começou essa jornada iniciando por sua formação como Conselheira. Ela tem construído constantemente uma marca pessoal forte no mercado para aumento de autoridade moral e convites. Recomendo segui-la no LinkedIn.
Mulheres conselheiras ainda são a minoria em Conselhos
As pesquisas que levantam dados a respeito da diversidade em Conselhos Administrativos demonstram que a presença feminina ainda é muito baixa. As mulheres ocupam menos de 8% dos cargos como participantes do Conselho. Este número é ainda menor quando são identificados os cargos ocupados por mulheres na presidência do Conselho: apenas 2,8%, segundo o IBGC.
Os homens ocupam mais de 90% dos assentos como conselheiros de administração no país – Fonte da Imagem: IBGC
Há três formas de iniciar essa jornada, caso você tenha interesse em entrar para esse mercado e fortalecer sua marca pessoal como conselheira.
3 possibilidades para conselheiras
Você pode explorar demandas em três tipos de Conselhos: Administração, Fiscal e Consultivo. Vou explicar brevemente abaixo o que cada um deles representa.
- Conselhos de Administração: guia a boa governança corporativa. O Conselho de Administração toma as decisões estratégicas, estabelece políticas na empresa e monitora a remuneração dos altos cargos e funções na empresa como CEOs e executivos.
Também pode ser responsável por tomar decisões a respeito dos processos sucessórios de conselheiros e executivos da empresa, além de supervisionar o resultado da administração das operações cotidianas.
- Conselho Fiscal: tem a principal função de fiscalizar as ações dos administradores da empresa e debater a respeito das demonstrações financeiras da organização. Este Conselho também debate sobre propostas dos órgãos da Administração e analisa as recomendações de auditores internos e externos.
O Conselho Fiscal contribui com o desempenho da empresa e fica responsável por denunciar crimes, fraudes e problemas aos órgãos de administração, assim como levantar providências para tais situações.
- Conselho Consultivo: esse não é uma obrigação Legal, como acontece com o Conselho de Administração em empresas S.A. de capital aberto, contudo, pode ser muito benéfico para a organização pois direcionam e conectam boas práticas de governança com outros mercados, geografias e visão de futuro, segundo o IBGC. Os Conselhos Consultivos intergeracionais tendem a interagir melhor com as diferentes gerações de herdeiros, acionistas e alta direção.
Minha mentorada em personal branding, Cris Zanata, destaca abaixo a importância da diversidade dentro dos Conselhos. A Cris possui uma carreira nacional e internacional com passagem por empresas como PwC, Ernst & Young, assim como é Conselheira e Fundadora no Instituto de Alterismo do Brasil, sendo a maior referência no país sobre o assunto.
“A diversidade nos conselhos vai além de fatores tradicionais como: idade, gênero, qualificação educacional ou profissional. Trata-se também de abrir espaço para a diversidade de ideias, opiniões e histórias, pois um conselho diverso torna a tomada de decisão mais efetiva, reconhece os talentos individuais e solidifica o comprometimento social da organização com seus stakeholders.”
Qual o risco de empresas que só visam cotas de diversidade?
Um estudo publicado no Journal of Applied Physiology levantou mais de 20 anos de dados salariais de executivos das maiores empresas (amostra = 1500) em empresas norte-americanas.
Em resumo, para facilitar a você: quando a cota é preenchida, as profissionais que vêm abaixo na hierarquia corporativa se ferram!
A Forbes trouxe à superfície a necessidade de debates profundos, ainda mais entrando agora na onda (e modismo) do ESG e Governança apenas como tática rasa de muitas lideranças, e não como mudança cultural e estrutural que são necessárias. Veja o que diz a Juliana Fernandez, jornalista, LinkedIn Creator e Cofundadora Mentoring Academy a respeito do tema:
Há muito conteúdo nas redes sociais sobre esses dois temas, mas pouca ação de fato que seja sustentável além de uma bandeira “engana bobo”.
Marketing não é isso, nem pode ser usado por esses perfis de pessoas. Essas máscaras precisam cair, concorda?
Matéria publicada na Forbes – Fonte da imagem: Forbes.
Como conselheiras de empresas podem gerar mais confiança e autoridade
Ao projetar uma marca pessoal de forma estratégica, mulheres que desejam seguir carreira como conselheiras e receber muitos convites precisam percorrer cinco estágios nessa escalada de mercado para poder passar cada vez mais confiança:
1) Visibilidade
Sem o marketing digital, é quase impossível esperar oportunidades de negócios em volume se você não aumentar sua visibilidade nas redes sociais. Antigamente, era muito mais árduo conseguir aumentar a visibilidade, sendo um benefício seleto para celebridades, políticos e apresentadores em grandes emissoras de televisão.
Atualmente, com as mídias sociais é possível aumentar o alcance de praticamente toda marca pessoal sem fronteiras. As mulheres que desejam se projetar como conselheiras em empresas podem aproveitar as oportunidades de visibilidade que a internet proporciona para chamar a atenção no mercado e fortalecer o seu branding pessoal de forma estratégica.
No Brasil, as pessoas passam em média mais de 3 horas e 30 minutos conectadas nas mídias sociais. Está aí um canal que cresce exponencialmente e muitas mulheres não aproveitam para aumentar a visibilidade e fortalecer suas marcas pessoais.
O primeiro passo é estar nas redes sociais de forma ativa e para isso é necessário:
- Adequar o perfil para aquela rede para impactar o algoritmo e passar mais segurança;
- Estar conectada e se comunicar com o público-alvo; e
- Agregar valor a este público com conteúdos bem planejados.
Quanto melhor for o posicionamento da sua marca, maiores serão suas chances de receber convites para integrar conselhos corporativos.
Veja abaixo o erro mais comum que conselheiras têm cometido no LinkedIn:
Lembre-se que muita visibilidade nem sempre é positiva. O importante não é “aparecer muito”, mas sim tornar a sua marca visível de forma estratégica com sintonia entre a sua especialidade, seu propósito de vida e os seus seis valores humanos mais fortes, pois é esta “costura” que lhe trará a formação de uma marca marcante, memorável e impactante.
2) Respeito
Quando você fortalece a sua marca pessoal por meio de uma visibilidade estratégica e cria relacionamento com o seu público-alvo, conquista mais respeito dos seus seguidores, concorrentes e principalmente da classe empresarial.
O respeito é conquistado com entrega. A entrega de valor constante demonstra a sua dedicação em falar sobre determinado assunto e criar marca, consequentemente sendo lembrada em sua área de atuação.
Este tema inclusive é um dos assuntos das palestras que ministro frequentemente em empresas e associações comerciais e industriais.
Minha palestra a advogados da maior Associação da América Latina de Micro, Pequenas e Médias empresas – Fonte da Imagem: Acervo Pessoal Ricardo Dalbosco
Quando você compreende que precisa “vestir a sua camisa” antes da camisa de qualquer organização, seu valor no mercado aumenta e reconhecimento da marca empresarial “por tabela” também. As pessoas passam a respeitar o que você fala porque confiam na sua marca pessoal e seu sobrenome passa a ser algo além do CNPJ da empresa em que está prestando seu serviço diariamente. Ser “A fulana de tal que está na empresa X” é bem diferente de “A fulana da empresa X”. Mudar o verbo “ser” para “estar” e você voltar a ter seu sobrenome no mercado é fundamental nessa construção de seu branding. Esta etapa é essencial para evoluir para o próximo benefício que é a admiração.
3) Admiração
A partir do momento que você chama a atenção e conquista respeito para a sua marca, a constante entrega de valor ao público que lhe acompanha gera o que chamamos de “gatilho mental da reciprocidade”, ou seja, as pessoas passam a admirar a sua marca e defender o seu posicionamento.
De seguidores, você passa a ter fãs da sua marca, e posteriormente a ter defensores da marca. Mesmo que não comprem nenhum produto ou serviço seu, começam a recomendar você a outras pessoas porque confiam na excelência que você entrega …e pensar que tudo isso pode começar por ações estratégicas em redes sociais como frequentemente realizo com minhas mentoradas em personal branding.
Seguidores → Fãs → Defensores da sua marca pessoal
4) Reputação
Sua comunicação com o público precisa ter coerência com a sua personalidade e imagem que deseja transmitir por meio do seu marketing pessoal. Quando você é consistente em produzir e compartilhar conteúdos de valor, conquista respeito e admiração que tornam a sua marca única e insubstituível.
Ao fortalecer a sua marca, você passa a ser referenciada e indicada como uma especialista no assunto que aborda, pois torna-se “Top of mind” para o seu público, ou seja, as pessoas associam as suas habilidades e serviços como soluções para os problemas e desafios que elas apresentam na sua área de atuação.
Como diz a minha mentorada Cris Dorini, presidente da FIPI Brazil (Federation of Image Professionals International), para que exista uma boa reputação no ambiente corporativo é essencial que a sua imagem transmita autenticidade e coerência com os seus valores. Conheça a história de sucesso da Cris em sua transição de carreira:
5) Autoridade moral
Quando você tem um problema e precisa de auxílio de um profissional para solucionar esta dor, lembra de quem?
O nome do primeiro profissional que vem à sua mente provavelmente é uma marca que já conquistou a sua admiração. Por exemplo, ouvi de seguidores e clientes a frase “Ao pensar em mentoria de marca pessoal e estratégias de marketing, penso no Dalbosco”. Esta é uma demonstração de conquista de autoridade moral.
O LinkedIn é a maior rede profissional do mundo. Explore e aproveite as ferramentas dele para projetar sua marca como conselheira e criar autoridade.
Ao fortalecer a sua marca pessoal e conquistar a admiração do seu público, você adquire mais autoridade e respeito entre executivos, herdeiros, conselheiros e acionistas das empresas nas quais deseja atuar. Como exemplo deste benefício, cito o convite que recebi para ser Conselheiro Consultivo no Open Mind Brazil, o maior movimento de C-levels do Brasil e em processo de internacionalização, além de ser Conselheiro de Administração há 11 anos em uma companhia multinacional atuante no Brasil.
Conselheiros Open Mind Brasil 2021/2022 – Fonte da Imagem: Open Mind Brasil
Quem lhe dá a autoridade moral é o seu público-alvo, não um título ou formação complementar. Por isso, você pode usar a visibilidade que as redes sociais possibilitam como oportunidade de posicionar a sua marca pessoal, conquistar respeito, admiração, reputação e consequente autoridade moral no seu segmento.
Detalhei os 17 benefícios de posicionar a sua marca pessoal em um artigo no meu site, o qual se tornou o maior blog no Brasil sobre o assunto Personal Branding. Clique aqui para ler o conteúdo na íntegra.
Como as mulheres podem aumentar a presença em Conselhos de empresas
Para contribuir neste tópico convidei a minha mentorada Flavia Vazquez, Head Of Business Development. Ela menciona que “só teremos mais mulheres no topo da pirâmide se houver mais mulheres nas bases. E aí é muito importante que a mulher tenha uma rede de apoio no seu lar, para que consiga sair da base rumo ao topo. Obviamente somados ao papel da empresa em proporcionar condições internas para a mulher querer ter essa carreira e lutar pela sua posição de liderança na empresa.
Em pesquisa recente feita pela WCD (Women Corporate Directors), nos revela que as mulheres em postos de dirigente tendem a investir muito mais em qualificação profissional. Das mulheres entrevistadas em posição de Presidente e Diretorias (C-Level e Head), 93% tem mais de um diploma, além do curso superior, quase 60% tem MBA, e 47% tem certificação para conselheiro ou especialização em governança.
Sendo assim, podemos concluir que ter mulheres em cargos de liderança, alta gestão e em conselhos pode ser considerado uma ótima escolha, visto que a ampla maioria frequentemente é altamente capacitada, com mais de uma certificação e elevado grau de qualificação. E como efeito, o resultado esperado será a construção de empresas mais fortes e mais rentáveis que, no final das contas, é o que todo empresário/acionista quer.
Meu grande desejo é que as empresas apostem cada vez mais na presença das mulheres no Board, não somente para cumprir as políticas de diversidade e equidade de gênero, mas porque as mulheres que buscam esta posição estão comprovadamente preparadas para assumir grandes desafios”, conclui Flávia.
Este é o momento de mulheres se projetarem como conselheiras
Se você tem interesse em se projetar como conselheira de empresas, este é o momento de investir na sua marca pessoal para aproveitar as oportunidades em médias e grandes empresas, considerando que a demanda está aumentando.
Em alguns locais, o cenário começa a mudar, como é o caso em Louisville, no estado do Kentucky (EUA):
Valores de remuneração média por Conselheiro nas empresas públicas de Louisville (KY) – Fonte da imagem: Louisville Business First
Louisville é conhecida como a terra do Derby (corridas de cavalo), de Muhammad Ali e da rede de fast food KFC (Kentucky Fried Chicken). Eu já estive presente na cidade a fazer trabalhos para uma marca corporativa em 2019 e fico muito feliz em saber que a região é referência em relação à remuneração de mulheres conselheiras.
Presença em Louisville (KY) em 2019 – Fonte da Imagem: Acervo pessoal Ricardo Dalbosco
Em resumo, as mulheres que posicionam a marca pessoal e estão atentas às oportunidades no mercado de Conselhos podem se projetar como conselheiras em empresas com grande sucesso, valorização e remuneração muito atrativa.
A partir do momento que a sua marca se comunica por meio dos seus valores, propósito e tecnicidade, tende a atrair outros profissionais e empresas com características favoráveis à relacionamentos comerciais e pessoais mais sustentáveis.
Se você deseja aumentar a sua autoridade moral para aproveitar oportunidades como conselheira, o LinkedIn pode ser um início muito estratégico, e se você quer encurtar o caminho para este êxito profissional, a Mentoria LinkedIn pode ser uma grande facilitadora deste processo.
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