

Muitos funcionários se demitem não por causa da empresa ou de seu respectivo cargo, mas sim para se livrarem do convívio com o seu atual chefe que:
– É aquela pessoa inacessível: comum em grandes corporações.
– É extremamente focada em resultados: torna-se incapaz de olhar para questões relacionadas ao dia a dia e as pessoas.
– Entende (e define) tudo por fórmulas prontas: “fulano não sabe trabalhar em equipe”.
Em minha experiência, aprendi que estes e outros problemas entre hierarquias têm sempre sua origem na (falta de) comunicação. Sem ela, é natural que se crie uma mística em torno da figura do “chefe”.
Vejo nisso um sintoma da falta de práticas, ferramentas ou metodologias de relacionamento mais inteligentes.
Claro, há exceções, comportamentos inadequados ou questões éticas, mas aqui estou refletindo sobre esse aspecto no que diz respeito à gestão.
É assim na vida e também no mundo corporativo: sem comunicação não existe confiança e não se desenvolve a empatia necessária para que ambas as partes possam ter uma relação transparente e verdadeira. E é aí que surgem os problemas.
Já vi diversos casos de funcionários que se acomodam na distância preestabelecida e não buscam resolver essa questão.
Porém, se estamos falando de gestão de negócios e pessoas, é muito mais eficiente se a solução ou a iniciativa partir da empresa.
Quais são as “insatisfações mais comuns”?
– Incompatibilidade salarial;
– Falta de reconhecimento;
– Processos “cegos” (falta de feedbacks);
– Falta de perspectivas;
– Promessas não cumpridas.
Você concorda comigo que com um pouco de empatia fica mais fácil conversar sobre essas insatisfações com perguntas simples?
“Está tudo bem? O que você está achando do seu trabalho? O que está faltando para melhorar? Você tem alguma sugestão? Algo do nosso combinado inicial não está sendo cumprido por minha parte?”
Para alcançar a naturalidade de uma conversa na qual os dois lados estejam à vontade, é preciso construir um caminho.
Abandone a figura do chefe e assuma a postura de um líder
Eu sempre brinco com meus amigos que se estou à frente de um projeto, minha função é “abrir o mato” para todos seguirem juntos e com mais facilidade.
Não abro o mato para chegar antes, ter acesso prévio ou mostrar superioridade esperando que venham até mim. Não, definitivamente não é isso.
É abrir o caminho, voltar e seguir com todos.
Isso implica em assumir riscos, participar, ser ativo no dia a dia, dar exemplos e compartilhar o conhecimento. É só assim que um líder demonstra o real sentido de sua posição dentro da empresa.
Para os funcionários, é essencial trabalhar com lideranças que oferecem autonomia para levantar, debater e resolver questões cruciais do dia a dia. Cria uma sensação de segurança muito maior do que saber que o pagamento cai dia X ou Y.
Para a empresa, esse envolvimento evita alta rotatividade de funcionários e perda de potenciais talentos. E é claro, evita um alto custo administrativo ou problemas para a imagem da marca.
Em vez de atrito e competição, um bom líder é capaz de criar um ambiente que estimula a confiança, o engajamento e o respeito.
É preciso transpirar, colocar a mão na massa e sentir na pele a temperatura do “clima organizacional”.
Você tem aproveitado as brechas da sua agenda e participado mais do dia a dia do seu negócio como líder ou como chefe? Compartilhe sua vivência aqui comigo.